“Galpão, Pátria e Poesia. Três palavras consagradas, no final da madrugada se encontram pra clarear o dia, vão regendo a sinfonia de poetas e cantores, para que os madrugadores esperem o sol estribados, para alegrar nosso pago, com versos e melodias”

domingo, 5 de julho de 2015

BERENICE AZAMBUJA

O GALPÃO PÁTRIA E POESIA CONTA A HISTÓRIA DE... BERENICE AZAMBUJA.
A mãe Ernestina era artista de circo. O pai Pedro Paulo, seresteiro. Dessa união nasceu,em Porto Alegre no dia 21 de Março de 1952, no bairro Partenon, em Porto Alegre, Berenice da Conceição Azambuja, ou simplesmente Berenice Azambuja, cantora, compositora e Instrumentista que toca acordeom, violão, baixo, bateria vibrafone e cavaquinho. Além disso também se dedicou a dança no início de sua carreira, onde apresentava principalmente a dança dos facões e a chula.
A garotinha, já nos primeiros anos, queria pegar no colo o acordeom que pertencia a sua tia. Aos sete, a mãe deu-lhe um acordeon de presente. E não foi preciso muito tempo para que  Berenice dominasse o instrumento.
Berenice Azambuja no começo de sua carreira tocou Música Popular Brasileira e até cantou em inglês. O flerte com a música regional gaúcha ganhou força ao participar, nas noites de domingo, do Programa Grande Rodeio Coringa, na Rádio Farroupilha.
“Churrasco e bom chimarrão / Fandango, trago e mulher / É disso que o velho gosta / É isso que o velho quer”. Seja urbano ou rural, não tem gaúcho que não tenha ouvido ou cantado esses versos. É disso que o velho gosta, inspirada no pai seresteiro, a composição é uma parceria de Berenice com Gildo Campos, e foi gravada em 1980. Nem a própria cantora acreditava no potencial da música, que foi colocada no lado B do LP.
Para sua surpresa, estava errada. A canção ganhou o Rio Grande do Sul e viajou Brasil afora com destaque para o nordeste. Foi gravada por Sérgio Reis (1985) e Chitãozinho e Xororó (1996). Berenice Azambuja, além de cantar e tocar, também se destacou como compositora.
Quantas mulheres se destacaram profissionalmente como compositoras no Rio Grande do Sul? Berenice faz parte de um time seleto.
Aos 11 anos de idade, apresentou-se no programa infantil "Clube do Guri", acompanhando no acordeom a cantora Elis Regina, na época também criança. Cantando música regional do sul, gravou mais de dez discos.  Berenice Azambuja Já se apresentou em quase todos os estados brasileiros.
A palavra "Gaiteira, em português antigo, quer dizer alegre. E é isso que Berenice da Conceição Azambuja é: alegre, gaiteira.
Berenice menina viajava pelo interior do Estado, em caravanas artísticas. Pequena, com aquele cabelo encaracolado, alegre e risonha, parecia uma ovelhinha no meio de tantos artistas.
A cantoraBerenice  Azambujanão gosta de usar vestido de prenda: desde menina, usa bombacha ou chiripá. Mas o sorriso é sempre o mesmo, o cabelo é o mesmo, só que se aperfeiçoou na música e se tornou absoluta de todas as suas possibilidades musicais. Com grande domínio de palco, aproveita o seu repertório como compositora e o repertório de autores amigos e colegas.
Essa gaudéria andarenga é uma verdadeira embaixadora da música regionalista gauchesca. Conhece o Rio Grande do Sul e o Brasil a palmo. Brilhou intensamente em espetáculos em Portugal e na Espanha. Nos seus poucos momentos de folga, Berenice Azambuja gosta mesmo é de pescar - 'muitas de suas canções amadureceram enquanto a traíra não beliscava no anzol'.
Já gravou 17 discos, entre CDs e vinis, e um DVD. Além disso Berenice já participou dos principais programas da tv brasileira, animados por nomes como Faustão, Jô Soares, Hebe Camargo, Inezita Barroso, Bolinha, Chacrinha e tem também uma participação no Fantástico.
Berenice Azambuja, Ainda pretende escrever um livro contando a sua experiência artística. Ela foi grande amiga de Darcy Fagundes, cujo últimos momentos acompanhou no hospital.
Aliás, parece que a amizade é uma das mais lindas características dessa artista de exceção - afinal, não há quem não goste de Berenice Azambuja.

Berenice Azambuja,é uma artista completa, que a muito tempo divulga a cultura gaúcha por todo o Brasil, e além disso, Berenice Azambuja venceu a barreira do preconceito por ser uma mulher que se apresenta com bombacha ou xiripá e não com vestido de prenda, mas que com talento e perseverança alcançou o sucesso, e mais do que isso, a muitos anos faz sucesso, não é apenas uma moda, sua música alegre, atravessa gerações de gaúchos, mostrando que qualidade não envelhece . Esta é Berenice Azambuja, gaúcha alegre e  muito talentosa.








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