“Galpão, Pátria e Poesia. Três palavras consagradas, no final da madrugada se encontram pra clarear o dia, vão regendo a sinfonia de poetas e cantores, para que os madrugadores esperem o sol estribados, para alegrar nosso pago, com versos e melodias”

sábado, 31 de outubro de 2015

JOÃO DE ALMEIDA NETO

JOÃO DE ALMEIDA NETO  é músico, cantor, compositor, escritor, advogado, crítico e interprete da musica gaúcha nativista. Autor de músicas famosas como Razões do Boca Braba e Meu país.Considerado pela crítica musical como um dos importantes intérpretes da música regional gaúcha, “A Voz do Rio Grande” é um dos artistas mais premiados em festivais nativistas.
Terceiro filho de Moacir Duarte de Almeida e Elza Pansardi de Almeida, nasceu à uma hora da madrugada do dia 23 de novembro de 1956, em Uruguaiana, município da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, às margens do Rio Uruguai, limítrofe com a Argentina e o Uruguai.
Sua infância foi dividida entre a Rua Domingos de Almeida e os campos do Touro-Passo, sub-distrito de Uruguaiana, há 30 km da sede, onde a família Almeida possuía uma propriedade rural. Nesse lugar, ainda muito pequeno, teve seu primeiro contato com a música através de um peão chamado Irineu, apelido “Negro”, que tocava violão e cantava.
Na idade escolar, conforme afirma, ‘teve a sorte e o privilégio” de estudar no Instituto União e, posteriormente, na Escola Elisa Valls. A esses educandários, além da família, credita e agradece a formação do caráter. Com eles conheceu os caminhos da educação e da cultura, e os princípios morais e éticos que nunca abandonou.

No Estádio da Baixada, do Esporte Clube Uruguaiana, adquiriu o gosto pelo futebol,atualmente João de Almeida Neto faz parte do Sala de Redação, programa sobre Debates Esportivos programa daRádio Gaúchaque vai ao ar de segunda à sexta, onde debatem principalmente sobrefutebole eventualmente sobrepolíticae outros assuntos.
Nas serenatas solidificou, definitivamente, sua paixão pela música e pela poesia. É, ainda, uma forte recordação da sua adolescência as madrugadas varadas de janela em janela.
Nunca conseguiu explicar como, sendo um homem tímido e até mesmo retraído, gosta tanto de carnaval. É um folião ativo e praticante.
Formado em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, atua como advogado, especialmente na conturbada questão dos Direitos Autorais, tendo-se valido das leis, teses e argumentos, para resguardar os direitos dos artistas.
João de Almeida Neto é igual como homem e como músico. O que tem de autêntico, contestador, e sentimental sempre contaminou tanto a sua personalidade quanto seu trabalho.É um dos grandes nomes da música gaúcha, dono de uma voz forte e de um estilo singular e autêntico de ser e de cantar.
O Movimento Nativista, iniciado em 1970, com a Califórnia da Canção, em Uruguaiana, sua terra natal, foi o passo definitivo na consolidação da mudança que se instalaria na música gaúcha. Nessa época, ainda na adolescência, João já havia descoberto seu fascínio pela música. Atuava nas assembléias lítero-artísticas do Instituto União e, junto com alguns amigos, varava as madrugadas, com belas serenatas. Nos bailes, ficava perto do palco para admirar os músicos dos conjuntos.
Ouvia folclore Argentino, Uruguaio, Chico Buarque, Caetano Veloso, Belchior, Nelson Gonçalves, Paulinho da Viola, entre outros.
Logo se inseriu no Movimento Nativista.Dois episódios – Santa Maria e Cruz Alta – acabaram incluindo João definitivamente no time do Nativismo.
João já residia em Porto Alegre e convivia muito com Luiz Felipe Delgado, também uruguaianense. Cursavam Direito, na Unisinos, mas amavam mais a poesia do que as leis. Por iniciativa do amigo, inscreveram, na Tertúlia Musical Nativista de Santa Maria, uma canção intitulada “Tropeiro Cantor”, que se sagrou vencedora.
Dias depois, realizava-se em Cruz Alta a 1ª Coxillha Musical Nativista. Inscreveu, em parceria com José Luiz Vilella, uma milonga chamada “Meu Canto”, que cantou sozinho, e impressionou o público. Depois de apresentações, naquela noite, de grandes grupos musicais, apareceu aquele rapaz solitário. Foi consagrado. Um detalhe que lhe acabou resultando em lucro foi o de que, por não saber a letra da música de cor, colou lembretes no corpo do violão e, enquanto recorria sutilmente à leitura para continuar cantando, floreava alguns bordoneios. Isso lhe rendeu a fama de bom violonista.
Tempos depois, venceu novamente a Tertúlia, com a música “Nova Trilha”, de sua autoria com Nilo Bairros de Brun. Mais tarde, com a famosa “Vozes Rurais”, teve participação marcante no Musicanto de Santa Rosa, e daí para frente firmou-se como mais um dos “grandes nativistas”.
Corriam os anos 80. Os Festivais se proliferavam pelo interior do Estado. Eram mais de sessenta por ano e João de Almeida Neto tinha participação ativa em todos eles, vencedor em inúmeros deles. Nesse circuito, fértil mercado de trabalho, profissionalizou-se.
Um acontecimento paralelo ajudou a consolidar esse quadro. Foi a abertura do “Pulperia”, bar e restaurante temático gauchesco que abrigou os apreciadores do som rural gaúcho. Local que foi um enorme sucesso, teve João de Almeida Neto como um dos grandes músicos da casa. Fato digno de registro, porque muito lhe honrou, já que no palco da Pulperia tocou com grandes companheiros, entre os quais Cenair Maicá, Chaloy Jara, e Algacir Costa.

Desde então, a história de João de Almeida Neto na música do Rio Grande se confunde com a dos nossos grandes músicos, cantores e compositores.
João viveu e vive esse Movimento Cultural como uma peça da sua engrenagem. Conforme suas palavras, “estive e estarei, sempre que chamado, em todos os palcos erguidos para que se cante a música da minha terra”.
João de Almeida Neto tem na alma o Rio Grande do Sul. O Gaúcho se identifica na sua voz, na sua forma altiva de cantar e na importância que dá à cultura.
E é ele quem diz: “Ao contrário do que prega o pensamento dominante no mundo globalizado, acredito que a diversidade cultural é que dá colorido ao universo e mantém a independência dos povos. Não comungo desta inteligência moderna que dita a unidade e padronização cultural. Mormente porque a cultura escolhida para ser padrão é a dos outros e não a nossa.
Não encontrei motivos para compreender porque o mundo deve ter apenas uma linguagem, uma maneira de vestir, de comer, de dançar, e que o gosto pessoal de todos os seres vivos deve ser balizado por um referencial ditado sei lá eu por quem. Eu quero continuar falando português (com sotaque da fronteira), tomando chimarrão, comendo churrasco e escutando milonga.
"Vale dizer que esta investida dos colonizadores culturais não é novidade na história da humanidade. O pioneirismo talvez se deva creditar a Roma. Júlio César, depois Napoleão e mais recentemente Hitler, tentaram impor seus modelos ao mundo e, sem exceção, sucumbiram ante os povos que pretenderam subjugar, mas que gostavam de adorar seus próprios deuses, falar sua própria língua, comer sua própria comida e ouvir sua própria música.
"Tenho comigo que tal pensamento unímono não tem diretrizes culturais, nem ideológicas, mas econômicas. Baseia-se no conceito de que o mundo é um grande supermercado, onde os homens, desprovidos de sentimentos, caráter ou personalidade, são meros consumidores.
"Admiro as manifestações de cunho regionalista. Elas são as expressões voluntárias dos diversos mundos espalhados pelo mundo. Retrata as atividades, os sentimentos e o caráter dos povos. O mundo só é assim, grande e belo, porque em cada rincão do planeta existem homens conscientes de que é sobre nossas peculiaridades culturais que devemos construir nossas casas, nossas cidades e nossos Países.
"Podemos concluir que Movimentos desta natureza revestem-se, inclusive, de certo caráter revolucionário, porquanto sejam um foco de resistência à dominação intelectual e cultural.
"Através do “Nativismo” cantamos, difundimos e mantemos nossa identidade. Somos nós mesmos. Realçamos nossas vocações e traçamos nossos destinos, livres e espontaneamente”.
Destacam-se ainda entre suas canções: "Trem Magiar", "Guitarras do Litoral", "Homem feio sem coragem não possui mulher bonita", de Gildo de Freitas, "Tango do Meretrício", de Luiz Bastos e Mauro Ferreira, além de "Palavra de cantor" e "Vozes rurais", de sua autoria.
Em 1991, teve as músicas "Crioulo da Tia Maruca", com Marco Aurélio Campos, e "Chuva de verão" incluídas na trilha sonora do filme "Gaúcho negro" gravada por Gaúcho da Fronteira pela Som Livre.
Em 1997, foi escolhido pela Secretaria Estadual da Cultura e Instituto Estadual de Música do Rio Grande do Sul como o melhor cantor do ano, recebendo o Troféu Vitória. Apresentou show durante o Fórum Social Mundial em Porto Alegre, em 2003.
No ano seguinte, foi a atração principal no show musical "O Canto do Sul", na cidade de Campo Grande(MS), promovido pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho de Mato Grosso do Sul (MTG/MS) e pelo Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Tropeiros da Querência, de Campo Grande, em realização pela colônia gaúcha em homenagem a Mato Grosso do Sul.
Ainda em 2004, fez participação especial no CD "Vida, cordeona e canções" do cantor Beto Caetano, interpretando, em dueto com ele, a vanera "Vinho das paixões", a milonga "Para viver uma milonga", ambas de Vaine Darde e Beto Caetano, e a guarânia "Na mesa de um bar", de Nenito Sarturi e Beto Caetano.
Em 2005, musicou e interpretou poemas do poeta gaúcho Afif Jorge Simões Filho, lançados em CD.
Em 2008 participou da 2ª Festa da Colheita, em Dourados/MS, onde apresentou seus principais sucessos e também o repertório que o levou a ser um dos nomes mais premiados da música gaúcha no país.
João de Almeida Neto é um músico e orador nato. Não é à toa que é compositor e advogado, e que integrou, como assessor, a equipe do Desembargador Nelson Rassier. É de João o texto “O Poder da Arte da Palavra":
“O elemento mais significativo, para mim, do Movimento Nativista foi a mudança no referencial estético e intelectual da poesia gaúcha. Ainda que durante seu transcurso tenha passado por muitos altos e baixos, é inegável a afirmação de um padrão elevado nos textos das canções produzidas.
"Pude comprovar pessoalmente essa realidade. Muitas vezes, ao receber prêmios como “melhor intérprete” em diversos festivais, soube compreender que os devia à qualidade das letras que cantava. Conheci muitas belas vozes que se perdiam em canções desnecessárias, sem conteúdo. Creio que o verdadeiro bom cantor não se avalia pela voz que tem, mas pelas verdades que transmite.
"Fui agraciado com a satisfação de cantar letras escritas pelos poetas que mais admiro. São meu tesouro pessoal as gravações que fiz sobre letras de Apparício Silva Rillo, Jayme Caetano Braun, José Hilário Retamozzo, Gildo de Freitas, Mauro eAntônio Augusto Ferreira, por exemplo.
"Meu apego à palavra e minha admiração pela poesia são tão grandes que em vários momentos de minha atividade artística fui impelido a escrever. Várias circunstâncias sentimentais, políticas, sociais, etc., me induziram a compor. Senti, mesmo sem ser poeta, a necessidade de me expressar como artista e cidadão, e o fiz sempre com a sinceridade dos autênticos.
"Inspiram meu cantar o homem, seu trabalho, suas circunstâncias. Mesmo sem ser um cantor romântico, cantei canções de amor.
"Assim, me valho da poesia para ser cantor. Minha esperança de chegar ao coração de quem me escuta está no poder da arte da palavra.
"Agradeço a todos que, de alguma maneira, algum dia, em algum lugar, pararam para ouvir meu cantar e souberam compreender-lhe a sinceridade. Guardarei cada aplauso, cada palavra de incentivo, cada crítica construtiva com interminável carinho. Se algum valor tenho como cantor, intérprete e cidadão, este reside no fato de que sempre procurei colher do nosso povo e da nossa geografia os elementos para que meu canto e minha personalidade seja como somos: um pouco fraterno, um pouco rebelde, as vezes contestador, quase sempre apaixonado e eternamente franco, sincero e leal.
"Viva a arte e a cultura regional brasileira!”



OBRA:
Chuva de verão
Crioulo da Tia Maruca
Guitarras do Litoral
Palavra de cantor
Trem Magiar
Vozes rurais

PRÊMIOS:
Troféu Vitória (1997) - Melhor cantor do ano
Prêmio Açorianos (2005) - Melhor intéprete - Categoria Regional

DISCOGRAFIA:
João de Almeida Neto, Vol. I, Gravadora Nova Trilha/RBS, 1989.
João de Almeida Neto, Vol II, Gravadora RGE, 1992.
Palavra de Cantor, Gravadora RGE/RBS, 1995.
Coração de Gaúcho, Gravadora USADISCOS, 2000.
João de Almeida Neto e Nelson Cardoso - Marca de Cascos - Gravadora USADISCOS – 2002
Acústico Vozes Rurais, CD duplo - Gravadora USADISCOS
Em Nome do Pai, Gravadora USADISCOS
Gaúchos Cantam Tangos
DVD - Vozes Rurais

CONTATO:
(51) 9782-0552

FONTE:


sábado, 24 de outubro de 2015

A REVOLUÇÃO DE 1930


Em Síntese: O movimento político-militar que determinou o fim da Primeira República (1889-1930) originou-se da união entre os políticos e tenentes que foram derrotados nas eleições de 1930 e decidiram pôr fim ao sistema oligárquico através das armas. Após dois meses de articulações políticas nas principais capitais do país e de preparativos militares, o movimento eclodiu simultaneamente no Rio Grande do Sul e Minas Gerais, na tarde do dia 3 de outubro. Em menos de um mês a revolução já era vitoriosa em quase todo o país, restando apenas São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Pará ainda sob controle do governo federal. Finalmente, um grupo de militares exigiu a renúncia do presidente Washington Luís e pouco depois entregou o poder a Getúlio Vargas.
Foi a vitória do candidato governista Júlio Prestes nas eleições de março de 1930, derrotando a candidatura de Getúlio Vargas, que era apoiada pela Aliança Liberal, que deu início a uma nova rearticulação de forças de oposição que culminou na Revolução de 1930. Os revolucionários de 30 tinham como objetivo comum impedir a posse de Júlio Prestes e derrubar o governo de Washington Luís, mas entre eles havia posições distintas quanto ao que isso representava e quais seriam as conseqüências futuras.
Dentre os jovens políticos que se uniram em torno do levante, destacavam-se GETÚLIO VARGAS, Oswaldo Aranha, Flores da Cunha, Lindolfo Collor, João Batista Luzardo, João Neves da Fontoura, Virgílio de Melo Franco, Maurício Cardoso e Francisco Campos. Além de derrubar o governo, esses líderes pretendiam reformular o sistema político vigente.

Dos tenentes que haviam participado do movimento tenentista, os nomes de maior destaque eram Juarez Távora, João Alberto e Miguel Costa. A meta particular desse grupo era a introdução de reformas sociais e a centralização do poder. Havia ainda uma ala dissidente da velha oligarquia, que via no movimento revolucionário um meio de aumentar seu poder pessoal. Era o caso de Artur Bernardes, Venceslau Brás, Afrânio de Melo Franco, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada e João Pessoa, entre outros.
Por sua vez, o ex-líder da Coluna Prestes, Luís Carlos Prestes, optou por um caminho mais radical. Crítico da união dos jovens políticos com a dissidência oligárquica, Prestes decidiu não participar da revolução e lançou seu próprio Manifesto Revolucionário. Declarava-se socialista e sustentava que a mera de troca de homens no poder não atenderia às reais necessidades da população brasileira.
Intermináveis negociações preliminares retardaram as ações militares dos conspiradores contra o governo de Washington Luís. Finalmente, em 26 de julho, o inesperado assassinato de João Pessoa, presidente da Paraíba e candidato derrotado à vice-presidência na chapa da Aliança Liberal, estimulou as adesões e acelerou os preparativos para a deflagração da revolução. Alçado à condição de mártir da revolução, João Pessoa foi enterrado no Rio de Janeiro e seus funerais provocaram grande comoção popular, levando setores do Exército antes reticentes a apoiar a causa revolucionária.
Enfim, a 3 de outubro, sob a liderança civil do GAÚCHO GETÚLIO VARGAS e sob a chefia militar do Tenente-Coronel Góes Monteiro, começaram as diversas ações militares. Simultaneamente deu-se início à revolução no Rio Grande do Sul, à revolução em Minas Gerais e à revolução no Nordeste, os três pilares do movimento.

Com a ocupação de capitais estratégicas como Porto Alegre e Belo Horizonte e de diversas cidades do Nordeste, e com o deslocamento das forças revolucionárias gaúchas em direção a São Paulo, o presidente Washington Luís recebeu um ultimato de um grupo de oficiais-generais, liderados por Augusto Tasso Fragoso. O grupo exigiu a renúncia do presidente. Diante de sua negativa, os militares determinaram sua prisão e o cerco do palácio Guanabara, no dia 24 de outubro. A seguir, formou-se a Junta Provisória de governo, composta pelos generais Tasso Fragoso e João de Deus Mena Barreto e o Almirante Isaías de Noronha.
Em virtude do maior peso político que os gaúchos detinham no movimento e sob pressão das forças revolucionárias, a Junta finalmente decidiu transmitir o poder a Getúlio Vargas. Num gesto simbólico que representou a tomada do poder, os revolucionários gaúchos, chegando ao Rio de Janeiro, amarraram seus cavalos no Obelisco da avenida Rio Branco. Em 3 de novembro chegava ao fim a Primeira República e começava um novo período da história política brasileira, com Getúlio Vargas à frente do Governo Provisório.
Era o início da Era Vargas (período da história do Brasil entre 1930 e 1945), quando Getúlio Vargas governou o Brasil por 15 anos e de forma contínua. Compreende a Segunda República e a Terceira República (Estado Novo). Essa época foi um divisor de águas na história brasileira, por causa das inúmeras alterações que Vargas fez no país, tanto sociais quanto econômicas.

A Era Vargas é composta por três fases sucessivas: o período do Governo Provisório (1930-1934), quando Vargas governou por decreto como Chefe do Governo Provisório, cargo instituído pela Revolução, enquanto se aguarda a adoção de uma nova constituição para o país, o período da constituição de 1934 (quando , na sequência da aprovação da nova constituição pela Assembleia Constituinte de 1933-34, Vargas foi eleito pela assembleia ao abrigo das disposições transitórias da constituição como presidente, ao lado de um poder legislativo democraticamente eleito) e o período do Estado Novo (1937-1945), que começa quando Vargas impõe uma nova constituição, em um golpe de Estado autoritário, e dilui o congresso, assumindo poderes ditatoriais com o objetivo de perpetuar seu governo.
A DEPOSIÇÃO DE GETÚLIO VARGAS, do seu regime do Estado Novo em 1945 e a posterior a redemocratização do país, com a adoção de uma nova constituição em 1946 marca o fim da Era Vargas e o início do período conhecido como Quarta República Brasileira.

FONTE:
http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/anos20/Revolucao30

https://pt.wikipedia.org/wiki/Era_Vargas

WILSON PAIM

Wilson Pain, cantor e compositor, nasceu no dia 24 de outubro de 1962 na cidade de Alegrete/RS.
Penúltimo filho de uma família de onze irmãos. Iniciou-se na música cantando na escola com apenas 8 anos de idade. Cantou depois em igrejas, e com 11 anos, passou a se apresentar em programas de rádio na cidade de Alegrete.
Conhecido como a voz romântica da música gaúcha, Wilson Paim é um dos maiores nomes da música regional da atualidade. Consolidou seu trabalho nos festivais nativistas nas décadas de 80 e 90, especialmente como intérprete e compositor de belíssimas melodias, angariando centenas de premiações. Posteriormente, desenvolveu sua carreira fora do circuito dos festivais, dedicando-se aos seus shows e lançamentos de discos, que hoje somam 45 álbuns e dois DVD’s.

Considerado pela crítica especializada do Rio Grande do Sul como um dos melhores intérpretes deste estado, Wilson Paim une melodiosa voz, técnica e carisma, interpretando nos seus shows e discos, com naturalidade, desde clássicos do nativismo gaúcho até pérolas da Música Popular Brasileira. Não se preocupa em definir um único estilo; preocupa-se, apenas, em apresentar um trabalho de qualidade e principalmente verdadeiro – cantando o que gosta e o que lhe vai na alma, resultando em álbuns e espetáculos reunindo somente “músicas que contenham mensagens”. Talvez, sua principal característica seja o extremo bom gosto na escolha de seus repertórios.
Wilson Paim é um cantor eclético, maior prova são suas diversas regravações de músicas consagradas de grandes autores nacionais, entre eles: Guilherme Arantes, Renato Teixeira, Lupicínio Rodrigues, Cartola, Hermes Aquino, entre outros. Mas “imprime”, de maneira impecável, em todos seus discos, a sonoridade da bela música nativista gaúcha. Grava, por achar belo, temas de linguagem sul-rio-grandense, sempre com uma “grande dose” de romantismo, que o define como um cantor, acima de tudo, ROMÂNTICO.
Dono de inúmeras qualidades vocais, premiadíssimo em festivais no sul do Brasil, onde aos 17 anos participou pela primeira vez e conquistou o reconhecimento do seu trabalho e talento, pois com frequência era premiado como melhor intérprete do festival ou conduzia a música que defendia às primeiras colocações. Gravou mais de 400 músicas nos discos destes festivais.
A primeira música que gravou foi MARTIM PESCADOR (José V. Leães/ Adroaldo Mendes Machado) no festival 3ª Coxilha Nativista de Cruz Alta, em 1983. Esta, intitulou seu primeiro LP, lançado, de forma independente em 1985.
Por MARTIM PESCADOR já se via uma tendência do cantor – pelas letras ligadas à contemplação, exaltação e preservação da natureza. E, ao escutar todos seus trabalhos, verificamos seu interesse pelos mais diversos temas: morais; nostálgicos – principalmente os relacionados à infância; apaixonados; boêmios; religiosos; etc; tradicionais gaúchos ou universais – e nota-se que a cada música algo se soma à nossa formação ou ao nosso espírito e passamos a conhecer um pouco mais da própria pessoa do cantor, pois “sua música é muito pessoal”.
Em 1989, depois de classificar no festival 1º Rimula da Canção Regional, (Rimula Shell), em São Paulo, uma composição entre 5 mil concorrentes e se apresentar neste festival que foi transmitido para todo Brasil pelo SBT, Paim concluiu que a música gaúcha também poderia fazer parte do contexto da música regional brasileira. Decidiu, então, iniciar um intercâmbio musical. Naquele mesmo ano, por sugestão de Sérgio Reis, regravou CIDADÃO (de Lúcio Barbosa - gravação original de Zé Geraldo), e, por parte de muitos gaúchos, recebeu inúmeras críticas por incluir no seu repertório canções que não tivessem identificação direta com o Rio Grande do Sul. Hoje, CIDADÃO é uma das músicas mais solicitadas em seus shows. As pessoas absorveram a mensagem da obra, deixando de priorizar a questão território (fora ou dentro do RS; se fala ou não do gaúcho e seus costumes. - Isso não deveria nem deve ser uma regra geral de aceitação. Porém, na época, ocorreu.) – Esta música retrata uma realidade vivida em todo Brasil e denuncia fatos tocantes que fazem parte do dia-a-dia no nosso país: pobreza, discriminação, esperança na religião.
Contando com a parceria de talentosos compositores gaúchos inúmeras obras conquistaram o sucesso na interpretação de Wilson Paim, como AINDA EXISTE UM LUGAR (Ivo B. Brum/ Miguel Marques); PAIXÃO CAMPESINA (Luiz Godinho/ Zulmar Benites); VITÓRIA-RÉGIA (Salvador Lamberty/Wilson Paim); REENCONTRO (Dorval Dias/ Salvador Lamberty/ Wilson Paim), entre muitas outras. Mas, foram protagonistas de uma carreira brilhante, ao lado das músicas nativistas, obras de compositores de fora do RS, que fizeram sucesso também com a regravação do cantor, a exemplo de VOA LIBERDADE (Mário Maranhão/ Eunice Barbosa/ Mário Marcos); ALMA GÊMEA (Peninha), e TE AMO (The Sounds of Silence) (de Paul Simon com versão do compositor gaúcho Jaime Brum Carlos), que estão entre as mais pedidas em seus shows.
A consagração de WILSON PAIM veio após 13 álbuns lançados, em 1996, através de um projeto inusitado: Lançou um CD cantando músicas natalinas, o “NATAL GAÚCHO”, que vendeu mais de 100 mil cópias em apenas 45 dias!
Um show para se emocionar, refletir e celebrar em grande estilo o nascimento de Jesus e o Ano Novo que chega, através do repertório eclético e criterioso de um dos melhores cantores do Brasil. Um espetáculo para a família, que abrange o público de todas as faixas etárias, já assistido por mais de 1 milhão e meio de pessoas.
Após o sucesso do CD Natal Gaúcho de Wilson Paim, o natal do Rio Grande do Sul nunca mais foi o mesmo! O natal ganhou mais brilho, mais reconhecimento e motivação, pois passamos a celebrá-lo também com a nossa música. Desde então, a cada dezembro o cantor Wilson Paim faz uma grande turnê, pois todas as cidades desejam ter este show temático em seus eventos natalinos, por sua qualidade musical e pelo diferencial de ter uma sonoridade mais regional!
No show NATAL GAÚCHO o cantor é acompanhado por uma banda com 10 qualificados instrumentistas do RS. A banda é formada por Jonatan Dalmonte (acordeom); Filipe Cardoso( sax); Rafael Zinho (violão); Wilson Paim Filho (violão); Fernando Machado (teclado); Miriam França (backing vocal); Priscila França (backing vocal); Cristiano Soares (bateria); Rafael Martins (percussão) Diego Herencio (contrabaixo) e partipação especial da cantora Janaína Maia.
Wilson Paim costuma afirmar que este é um show dedicado à família. Para ele, além do repertório repleto de sensibilidade, o que mais emociona é estar cantando para uma comunidade, pois os palcos geralmente são montados em praça pública. “A energia das pessoas ali presentes representa uma verdadeira união! É muito forte celebrar o nascimento de Jesus e a alegria do natal desta maneira!”
Além, dos CD’s de carreira, gravou “CD’s especiais”, de grande vendagem e que conquistaram críticas honrosas, como:
“WILSON PAIM CANTA LUPI” (1998), reunindo inesquecíveis obras do saudoso compositor LUPICÍNIO RODRIGUES;
“AVE MARIA” (1998), reunindo as mais belas canções de Ave Maria e "HOMENAGEM ÀS MÃES NA VOZ DE WILSON PAIM" (2006), trabalhos que revelam todo o potencial de voz e sensibilidade de WILSON PAIM.
O cantor que é recordista em vendas de CD's no sul do Brasil e premiadíssimo em festivais com mais de 400 músicas gravadas nos mesmos, também já conquistou DISCO DE OURO DUPLO e DISCO DE PLATINA.

Wilson Paim lançou seu mais recente álbum em um formato inovador: "Pendrive Musical em Cartão Personalizado". Neste cartão, estão as músicas do 40˚ álbum do cantor, “No aconchego do mate” - Wilson Paim interpreta Emílio de Souza, disponibilizadas nos dois formatos de áudio (MP3 e WAV). O dispositivo possui, ainda, espaço para guardar mais arquivos (músicas, fotos, etc). São 2 GB de memória.

DISCOGRAFIA:
1985 - Martim Pescador - independente
1989 - Um Canto de Amor, Apenas - Acit
1990 - Paixão Campesina - Acit
1991 - Momentos - Nova Trilha/Kives
1992 - Wilson Paim Interpreta Salvador Lamberty Vol. 1 - Nova Trilha/Kives
1993 - 17 Grandes Sucessos de Wilson Paim - Acit
1993 - Wilson Paim Interpreta Salvador Lamberty Vol. 2 - Suldiscos/Usadiscos
1993 - O Melhor de Wilson Paim - Nova Trilha/Usadiscos
1994 - Wilson Paim - Usadiscos
1995 - Coisas do Coração - Usadiscos
1996 - Lira da Noite - Suldiscos/Usadiscos
1996 - Simplesmente Romântico - Usadiscos
1996 - Natal Gaúcho - Usadiscos
1997 - Celebrações - Usadiscos
1998 - Acervo Gaúcho - Usadiscos
1998 - Ave Maria - Usadiscos
1998 - Wilson Paim Canta Lupi - Usadiscos
1999 - Universo dos Meus Sonhos - Suldiscos
1999 - Simplicidade - Usadiscos
2000 - Natal Gaúcho Vol. 2 - Usadiscos
2000 - Páginas Gaúchas - Mega Tchê (Usadiscos)
2000 - Wilson Paim nos Festivais Vol. 1 - Suldiscos
2000 - Natal com Wilson Paim & Convidados - Suldiscos
2001 - Wilson Paim nos Festivais Vol. 2 - Suldiscos
2001 - Wilson Paim - Série Coleções - Suldiscos
2002 - Botando o Coração na Estrada - Mega Tchê (Usadiscos)
2003 - Dos Festivais, da Vida! - SL4 Music
2004 - Meu Recanto - Usadiscos
2005 - O Espelho da Paixão - Suldiscos
2006 - Homenagem às Mães na Voz de Wilson Paim - Suldiscos
2008 - Quando o Verso Sai da Alma - Wilson Paim interpreta José Antônio Macedo - Suldiscos
2009 - Wilson Paim ao Vivo na Casa da Cultura


CONTATO:
Fones (51) 3364.4595
(51) 8403.4595
(51) 9790.6060




FONTE: