“Galpão, Pátria e Poesia. Três palavras consagradas, no final da madrugada se encontram pra clarear o dia, vão regendo a sinfonia de poetas e cantores, para que os madrugadores esperem o sol estribados, para alegrar nosso pago, com versos e melodias”

domingo, 5 de julho de 2015

GIUSEPPE GARIBALDI

Giuseppe Garibaldi, Italiano nascido na cidade de Nizza, atual Nice, em 4 de julho de 1807 foi um general guerrilheiro e um dos maiores nomes da Itália. Conhecido como “Herói de dois mundos”, por ter participado de importantes momentos da história tanto da Europa quanto da América do Sul, foi um dos nomes mais importantes no episódio da Unificação italiana.
Em 1833, por participar de uma fracassada insurreição de Gênova, a corte genovesa condenou-o a morte. Ele prontamente fugiu para Marselha, e em seguida, no ano de 1835, fugiu para a Tunísia, partindo depois para o Rio de Janeiro. Em terras cariocas ele conheceu Luigi Rossetti e Bento Gonçalves, onde decidiu se unir a revolução Farroupilha.
Em 1º de setembro de 1838, Garibaldi foi nomeado capitão-tenente, comandante da marinha farroupilha. Na viagem para o sul ele foi capturado pela polícia marítima uruguaia, sendo preso e torturado, mas conseguiu fugir e chegar ao Rio Grande do Sul. Lá, junto aos chamados Farrapos, ele foi uma figura de grande importância, seu nome é forte sempre que se fala na Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos. Conheceu uma mulher chamada Ana Maria de Jesus Ribeiro, a quem ficaria conhecida tempos depois como Anita Garibaldi, vindo a se tornar sua esposa e companheira de lutas na América do Sul e na Itália. Juntos eles tiveram seu primeiro filho, Menotti, que nasceu em Mostardas, no litoral sul do estado do Rio Grande do Sul.
O presidente Bento Gonçalves liberou Garibaldi de suas funções e o presenteou com 900 cabeças de gado. Ele partiu junto com sua esposa e seu filho para Montevidéu, chegando lá em junho de 1841 com apenas 300 cabeças, após terem caminhado por 600 quilômetros.
No Uruguai ele casou-se com Anita, em março de 1842. Lá nasceram seus outros filhos: Rosa, Teresa e Ricciotti. Infelizmente Rosa veio a falecer quando tinha apenas dois anos de idade devido a uma infecção na garganta que provocou asfixia.
Para sustentar a família ele trabalhou como professor de matemática em uma escola e também como corretor. Em 1842 recebeu a nomeação de Capitão da frota uruguaia, lutando conta Juan Manoel Rosas, um temido ditador argentino. Foi um grande nome na defesa de Montevidéu, impedindo que ela fosse tomada pelos Argentinos. Seus feitos chegaram a Itália, para onde ele seguiria novamente em seguida.
Em 1848 Garibaldi retorna a Itália para lutar na Lombárdia contra o exército austríaco na luta pela unificação italiana. Não obtendo sucesso na tentativa de expulsar os austríacos, ele foi forçado a refugiar-se na Suíça e em seguida em Nice, na França.
Em Roma, Garibaldi se tornou deputado na assembleia constituinte da República Romana, porém a cidade foi cercada por exércitos franceses e napolitanos, com um número de homens dez vezes maior que os de Garibaldi. Ele retirou-se com 4 mil homens logo depois de recusar um salvo-conduto do embaixador americano. Foi perseguido por exércitos franceses, espanhóis e napolitanos, e nessa fuga Anita foi morta.
Exilado, Garibaldi morou na África, Nova York e Peru, retornando a Itália em 1854, quando convidado pelo Conde Cavour ajudou a Itália do norte a ser unificada. Em seguida, por conta própria seguiu para o sul, onde conquistou a Sicília e o reino de Nápoles.

Garibaldi ainda participou da Guerra Franco-Prussiana. Mesmo a França tendo perdido ele ajudou muito nas batalhas em que foi obtido sucesso. Recusando o título de nobreza e uma pensão vitalícia oferecidas pelo rei Vitor Emanuel, ele retirou-se para uma casa que possuía na ilha de Caprera onde ficou até a morte, no dia 2 de junho de 1882, deixando apenas uma longa biografia repleta de batalhas.

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