Giuseppe Garibaldi, Italiano
nascido na cidade de Nizza, atual Nice, em 4 de julho de 1807 foi um general
guerrilheiro e um dos maiores nomes da Itália. Conhecido como “Herói de dois
mundos”, por ter participado de importantes momentos da história tanto da
Europa quanto da América do Sul, foi um dos nomes mais importantes no episódio
da Unificação italiana.
Em 1833, por participar de uma
fracassada insurreição de Gênova, a corte genovesa condenou-o a morte. Ele
prontamente fugiu para Marselha, e em seguida, no ano de 1835, fugiu para a
Tunísia, partindo depois para o Rio de Janeiro. Em terras cariocas ele conheceu
Luigi Rossetti e Bento Gonçalves, onde decidiu se unir a revolução Farroupilha.
Em 1º de setembro de 1838,
Garibaldi foi nomeado capitão-tenente, comandante da marinha farroupilha. Na
viagem para o sul ele foi capturado pela polícia marítima uruguaia, sendo preso
e torturado, mas conseguiu fugir e chegar ao Rio Grande do Sul. Lá, junto aos
chamados Farrapos, ele foi uma figura de grande importância, seu nome é forte
sempre que se fala na Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos. Conheceu
uma mulher chamada Ana Maria de Jesus Ribeiro, a quem ficaria conhecida tempos
depois como Anita Garibaldi, vindo a se tornar sua esposa e companheira de
lutas na América do Sul e na Itália. Juntos eles tiveram seu primeiro filho,
Menotti, que nasceu em Mostardas, no litoral sul do estado do Rio Grande do
Sul.
O presidente Bento Gonçalves
liberou Garibaldi de suas funções e o presenteou com 900 cabeças de gado. Ele
partiu junto com sua esposa e seu filho para Montevidéu, chegando lá em junho
de 1841 com apenas 300 cabeças, após terem caminhado por 600 quilômetros.
No Uruguai ele casou-se com Anita,
em março de 1842. Lá nasceram seus outros filhos: Rosa, Teresa e Ricciotti.
Infelizmente Rosa veio a falecer quando tinha apenas dois anos de idade devido
a uma infecção na garganta que provocou asfixia.
Para sustentar a família ele
trabalhou como professor de matemática em uma escola e também como corretor. Em
1842 recebeu a nomeação de Capitão da frota uruguaia, lutando conta Juan Manoel
Rosas, um temido ditador argentino. Foi um grande nome na defesa de Montevidéu,
impedindo que ela fosse tomada pelos Argentinos. Seus feitos chegaram a Itália,
para onde ele seguiria novamente em seguida.
Em 1848 Garibaldi retorna a Itália
para lutar na Lombárdia contra o exército austríaco na luta pela unificação
italiana. Não obtendo sucesso na tentativa de expulsar os austríacos, ele foi
forçado a refugiar-se na Suíça e em seguida em Nice, na França.
Em Roma, Garibaldi se tornou deputado
na assembleia constituinte da República Romana, porém a cidade foi cercada por
exércitos franceses e napolitanos, com um número de homens dez vezes maior que
os de Garibaldi. Ele retirou-se com 4 mil homens logo depois de recusar um
salvo-conduto do embaixador americano. Foi perseguido por exércitos franceses,
espanhóis e napolitanos, e nessa fuga Anita foi morta.
Exilado, Garibaldi morou na África,
Nova York e Peru, retornando a Itália em 1854, quando convidado pelo Conde
Cavour ajudou a Itália do norte a ser unificada. Em seguida, por conta própria
seguiu para o sul, onde conquistou a Sicília e o reino de Nápoles.
Garibaldi ainda participou da
Guerra Franco-Prussiana. Mesmo a França tendo perdido ele ajudou muito nas
batalhas em que foi obtido sucesso. Recusando o título de nobreza e uma pensão
vitalícia oferecidas pelo rei Vitor Emanuel, ele retirou-se para uma casa que
possuía na ilha de Caprera onde ficou até a morte, no dia 2 de junho de 1882,
deixando apenas uma longa biografia repleta de batalhas.
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