“Galpão, Pátria e Poesia. Três palavras consagradas, no final da madrugada se encontram pra clarear o dia, vão regendo a sinfonia de poetas e cantores, para que os madrugadores esperem o sol estribados, para alegrar nosso pago, com versos e melodias”

quarta-feira, 25 de março de 2015

O PRIMEIRO ESTABELECIMENTO DE ENSINO NO RIO GRANDE DO SUL

O governador do Rio Grande do Sul JOSÉ MARCELINO DE FIGUEIREDO, no dia 02/02/1778, na ALDEIA DOS ANJOS (Atual Gravataí) o “Colégio das Servas de Maria”, inicialmente previsto para educar apenas meninas indígenas, mas logo depois recebendo um anexo para a instrução, também de garotos. Esta escola para crianças indígenas foi o primeiro estabelecimento de ensino do Rio Grande do Sul.
Como professora foi nomeada D. Gregória Rita Coelho de Mendonça, que tinha a seu favor, entre outras virtudes, o perfeito conhecimento da língua guarani. Como salário passou a perceber uma ração diária de carne e farinha, mais 30 patacas por mês (9.600 réis).
Registros de 1784 informam que, naquele ano, a escola contava com 23 alunas e 20 alunos.
Referindo-se à pioneira, D. Gregória Rita Coelho de Mendonça, escreveu a professora Maria Porto:

“Árdua deve ter sido a sua tarefa. As pequeninas índias recebiam, a par da instrução, ensinamentos vários de utilidades caseiras. Por muitos anos derramou as luzes de seu saber entre as meninas que lhe foram confiadas. Mais tarde, sem meios de subsistência, extinta a escola, viu-se a braços com a miséria. Seus últimos dias foram de negro abandono e de indigência. Faleceu, em Porto Alegre, em um sótão da Rua da Igreja, onde abrigara, por esmola de alguém, as últimas horas de uma vida de abnegação e de trabalho. Seu nome ficou, porém. Será o nome tutelar das mestras do Rio Grande do Sul. Devemos-lhe, nós, a quem está confiada a educação da infância, repeti-lo com carinho, cerca-lo da nossa admiração e da nossa respeitosa estima. E o seu espírito patriótico, ligando duas raças que se fundiram para a formação de nosso povo, deve pairar, como um símbolo de abnegação e de beleza moral, sobre as nossas almas”.


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