O governador do
Rio Grande do Sul JOSÉ MARCELINO DE FIGUEIREDO, no dia 02/02/1778, na ALDEIA
DOS ANJOS (Atual Gravataí) o “Colégio das Servas de Maria”, inicialmente
previsto para educar apenas meninas indígenas, mas logo depois recebendo um
anexo para a instrução, também de garotos. Esta escola para crianças indígenas
foi o primeiro estabelecimento de ensino do Rio Grande do Sul.
Como professora
foi nomeada D. Gregória Rita Coelho de Mendonça, que tinha a seu favor, entre
outras virtudes, o perfeito conhecimento da língua guarani. Como salário passou
a perceber uma ração diária de carne e farinha, mais 30 patacas por mês (9.600
réis).
Registros de
1784 informam que, naquele ano, a escola contava com 23 alunas e 20 alunos.
Referindo-se à
pioneira, D. Gregória Rita Coelho de Mendonça, escreveu a professora Maria
Porto:
“Árdua deve ter
sido a sua tarefa. As pequeninas índias recebiam, a par da instrução,
ensinamentos vários de utilidades caseiras. Por muitos anos derramou as luzes
de seu saber entre as meninas que lhe foram confiadas. Mais tarde, sem meios de
subsistência, extinta a escola, viu-se a braços com a miséria. Seus últimos
dias foram de negro abandono e de indigência. Faleceu, em Porto Alegre, em um
sótão da Rua da Igreja, onde abrigara, por esmola de alguém, as últimas horas
de uma vida de abnegação e de trabalho. Seu nome ficou, porém. Será o nome
tutelar das mestras do Rio Grande do Sul. Devemos-lhe, nós, a quem está
confiada a educação da infância, repeti-lo com carinho, cerca-lo da nossa
admiração e da nossa respeitosa estima. E o seu espírito patriótico, ligando
duas raças que se fundiram para a formação de nosso povo, deve pairar, como um
símbolo de abnegação e de beleza moral, sobre as nossas almas”.
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