O GALPÃO, PÁTRIA E POESIA, rende sua singela homenagem ao DIA INTERNACIONAL DA MULHER, as bravas
mulheres gaúchas.
PARABÉNS A TODAS AS MULHERES!!!
PARABÉNS A TODAS AS MULHERES!!!

OLMIRA LEAL DE OLIVEIRA, conhecida como "CABO TOCO",nasceu
em 18 de junho de 1902, na localidade de Camaquã, em Caçapava do Sul,
filha de Francisco José de Oliveira e Auta Coelho Leal de Oliveira. Casada com
Antônio Martins da Silva, não teve filhos. Faleceu em 21 de outubro 1989, aos
87 anos em Cachoeira do Sul.
"Cabo
Toco" foi a primeira mulher gaúcha a ostentar a farda da Brigada Militar.
Olmira Leal de Oliveira, foi recrutada aos 21 anos de idade, para servir na Brigada Militar, como combatente e enfermeira do 1.º
Regimento de Cavalaria, (hoje 1.º Regimento de Polícia Montada, sediado em
Santa Maria), durante o movimento armado de 1923, quando Borges de
Medeiros lutava pela legitimidade de sua reeleição ao governo do Estado. Olmira
lutou ainda, nos movimentos revolucionários seguintes (1924 e 1926). Olmira
Leal Oliveira ficou conhecida como Cabo Toco graças à sua participação nas
tropas da Brigada Militar durante a Revolução Federalista, enfrentando ninguém
menos que o General Zeca Neto
Sua figura ficou conhecida em 1987, quando Nilo Bairros de Brum e
Heleno Gimenez venceram a (V-VIGÍLIA DO CANTO GAÚCHO) com uma composição em sua
homenagem interpretada por Fátima Gimenez, pois só a partir desse momento é que
o Governo do Estado do Rio Grande Do Sul à concedeu uma pensão vitalícia. Mesmo assim, ela morreu em 1989 morando em um barraco na zona periférica
da cidade de Cachoeira do Sul.
Ela também é patrona da primeira turma de PMs femininas do Estado.
Ela também é patrona da primeira turma de PMs femininas do Estado.
Ijuí
também homenageou-a dando o seu nome a uma rua da cidade, bem como ao CTG do
9.º Batalhão da Polícia Militar da mesma cidade
(Jornal do Povo, 18 de agosto de 1991).
Dona Olmira contou com
orgulho, ao site: http://www.recantodasletras.com.br/artigos/3164514
editado por Acioly Netto o fato de ter tomado chimarrão com o General Netto.
- As tropas do General Netto, eram uma gurizada, sem experiência de
combate mas, venciam pela coragem, por isso todos tinham medo deles. Minha mãe
teve um caso com Netto, e graças a isso eu pude ser recebida por ele no acampamento,
e tomei chimarrão com ele na porta da barraca. Quando fui comer churrasco, tive
medo que eles me envenenassem, por ser uma inimiga e estar espionando.
- Então voltei, e informei ao nosso chefe a exata localização do
acampamento de Netto. Na madrugada atacamos de surpresa, mas não sei como,
parece que estavam nos esperando. Nossas tropas foram recebidas com um salsedo
de balas, e tivemos que bater em retirada.
Na ingenuidade de
sua Juventude, e mesmo na experiência da sua velhice, Dona Olmira não imaginava
que o General Netto, perceberá o motivo de sua visita, ao acampamento dos
revolucionários Maragatos.
Neto como homem
nobre, jamais tomaria atitudes vingativas, e como homem inteligente, nunca
demonstraria ter percebido os propósitos da espiã. Logicamente preparou suas
tropas para e iminência de um ataque, onde o adversário não teria uma vantagem
do fator surpresa.
Acioly Netto
descreve que nela era estampado o resultado com o convívio com o ódio, a dor, a
morte e por fim a solidão.
Acioly Netto
Publicado em 17/08/2011
Reeditado em
30/04/2013
Código do texto:
T3164514
CABO TOCO
Composição: NILO BAIRROS DE BRUM E HELENO
GIMENEZ
Interpretação: FÁTIMA GIMENEZ
Foi no lombo de um cavalo que descobri horizontes
Em vez de vestir bonecas andei gritando repontes
Entrei de frente na história e acredite quem quiser
Em vinte e três fui soldado sem deixar de ser mulher
Em vinte e três fui soldado sem deixar de ser mulher
(Me chamam de Cabo Toco
Sou guerreira, sou valente
Do Primeiro Regimento
Enfermeira e combatente
Me chamam de Cabo Toco
Só não sabe quem não quer
/Debaixo do talabarte
Há um coração de mulher/)
Lutei contra Honório Lemes na serra do Caverá
Na ponte do Alegrete meu fuzil estava lá
Enfrentei o Zeca Neto sem temor da "colorada"
Anita sem Garibaldi, já nasci emancipada
Anita sem Garibaldi, já nasci emancipada
(Me chamam de Cabo Toco
Sou guerreira, sou valente
Do Primeiro Regimento
Enfermeira e combatente
Me chamam de Cabo Toco
Só não sabe quem não quer
/Debaixo do talabarte
Há um coração de mulher/)
A velhice me encontrou com a miséria na soleira
A ver a vida por frestas num subúrbio de cachoeira
Digo aos curiosos que trazem ajudas interessadas
Que não quero caridade quero justiça e mais nada
Que não quero caridade quero justiça e mais nada
Em vez de vestir bonecas andei gritando repontes
Entrei de frente na história e acredite quem quiser
Em vinte e três fui soldado sem deixar de ser mulher
Em vinte e três fui soldado sem deixar de ser mulher
(Me chamam de Cabo Toco
Sou guerreira, sou valente
Do Primeiro Regimento
Enfermeira e combatente
Me chamam de Cabo Toco
Só não sabe quem não quer
/Debaixo do talabarte
Há um coração de mulher/)
Lutei contra Honório Lemes na serra do Caverá
Na ponte do Alegrete meu fuzil estava lá
Enfrentei o Zeca Neto sem temor da "colorada"
Anita sem Garibaldi, já nasci emancipada
Anita sem Garibaldi, já nasci emancipada
(Me chamam de Cabo Toco
Sou guerreira, sou valente
Do Primeiro Regimento
Enfermeira e combatente
Me chamam de Cabo Toco
Só não sabe quem não quer
/Debaixo do talabarte
Há um coração de mulher/)
A velhice me encontrou com a miséria na soleira
A ver a vida por frestas num subúrbio de cachoeira
Digo aos curiosos que trazem ajudas interessadas
Que não quero caridade quero justiça e mais nada
Que não quero caridade quero justiça e mais nada
FONTE:
Museu Municipal De Cachoeira Do
Sul - Patrono Edyr Lima
http://obrigadiano.blogspot.com.br/2013/03/cabo-toco.html
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