Logo,
aos cinco anos, sua família mudou-se para o município de São Luiz Gonzaga, na
localidade de São Lourenço das Missões, onde começou a freqüentar o colégio
primário e passou a dar seus primeiros passos para a música, ora declamando
enormes poesias (que decorava ajudado pelas irmãs Izolete, Irenita e Maria) ora
tocando numa gaitinha de botão a vaneira que o pai músico, lhe ensinou no dia
em que resolveu deixar de tocar.
Seu
Vergelino foi roceiro, carreteiro, açougueiro e finalmente briqueiro de campo e
gado na região missioneira e com Dona Cristina (dona de casa), criaram sete
filhos, 3 mulheres e 4 homens, sendo Luiz Carlos o mais novo deles, por ter um tino musical detectado ainda em tenra idade, era o mimado de todos da
família, dos amigos, dos parentes, dos vizinhos ou de quem lhe visse subido num
banco atendendo o pedido do pai para cantar.
Nunca
se encolheu. Era aparecer alguém por perto e ele se achegava no pai ou nos
irmãos, como que esperando o comando para atuar.
Ao
sete anos de idade, já na sede do município de São Luiz Gonzaga, entra para o
conservatório Musical Missões, da professora Lúcia Bremm que, definitivamente,
o prepara para encarar a profissão de músico.
Aos
nove anos atua, profissionalmente pela primeira vez com o Conjunto "Irmãos
Borges", no CTG Rodeio das Missões de São Lourenço das Missões. Começa a
partir dessa data, a caminhada que mantém Borges cada vez mais apegado à música.
Aos
13 anos, a fama do seu acordeon ou a sua voz, já ultrapassava as divisas missioneiras,
animando bailes pelo Alto Uruguai, Serra, Planalto Médio, Campanha e fronteira.
Cantava
em dueto com a mana Irenita e exibia solos de gaita com uma técnica, velocidade
e estilo próprio, a ponto de causar admiração na dupla mais importante que o Rio
grande já viu: "Os irmãos Honeide e Adelar Bertussi."
Seu
Vergilino Borges que fora trovador e gaiteiro dos buenos, para garantir a
iniciação de Luiz na música, despertava o filho de madrugada, já como rádio
ligado nas rádios "correntinas" ou "paulistas". Falava
muito pouco. Era homem que ouvia. Assim, o diálogo entre pai e filho era com os
olhos, com os ouvidos atentos para o velho rádio SEMP, ou com gestos curtos e
tranqüilos.
Seu
Borges sabia de cor quase todas as letras que ouvia e ia repetindo, incansavelmente,
para o guri. Raul Torres e
Florêncio, Serrinha e Zé do
Rancho, Silveira e Barrinha, Tião Carreiro e Pardinho entre tantos outros da boa música caipira
daquela época, na casa dos Borges, não só eram ouvidos através do rádio como
lidos nos pequenos livretos que continham fotos dos artistas e letras das
músicas de maior sucesso.
Sua carreira solo
iniciou a partir do sucesso com a composição "Tropa de Osso",
premiada na 9ª edição da Califórnia da Canção Nativa do RS, movimento musical
que revolucionou a Música Tradicional Gaúcha na década de 70. Desde lá, já
foram mais de 30 discos gravados, sempre investindo na renovação da música
regional gaúcha.
Luiz Carlos Borges seguiu carreira alicerçando seus
conhecimentos no Curso Superior de Música na Universidade
Federal de Santa Maria,
onde, formou-se em 1980.
Assumiu a direção do Centro Cultural Municipal e
Biblioteca Pública de Santa Maria-RS. Ainda em 1980, gravou seu primeiro LP individual Tropa de Osso, um trabalho para todo o estado.
A partir dai Borges investiu na renovação da música regional
gaúcha. Em 1982, mudou-se para São
Borja, onde assumiu a Assessoria de
Cultura e Turismo daquele município e passou a trabalhar no Projeto "São
Borja 300 anos de História", durante todo ano.
Neste mesmo ano gravou o seu segundo LP individual: “Noites,
Penas e Guitarra”.
Em 1983, a convite da administração municipal, assumiu em Santa
Rosa a assessoria de Cultura e Turismo, onde idealizou e desenvolveu o Projeto Musicanto
Sul-Americano de Nativismo, que resgata os costumes populares da região,
e abre espaço para toda América do Sul mostrar o que se produz em termos
musicais nativos cm cada região dos países sul-americanos.
Ajudou a disseminar o estilo de música gaúcha Chamamé no estado do
Rio Grande do Sul.
Gravou uma música com a
cantora Mercedes Sosa.conhecida como La Negra que é referência da música Argentina.
Foi presidente do Instituto
Gaúcho de Tradição e Floclore,
tendo como diretores Ivo Benfato, Vinicius Brum e Fabrício Coelho.
No ano de 1992, lançou
seu 1º CD Internacional "Gaúcho Rider", e iniciou o ano cumprindo uma
agenda de 14 Shows pela Europa, em países como: Alemanha, Áustria, Itália,
Eslovênia, Suíça e Polônia.
Durante os 46 anos de
carreira, Borges marcou presença também em eventos musicais de diversos países,
entre eles: Festival Nacional Del Folclore COSQUIN – Córdoba – Argentina;
Festival Internacional de folclore – em Salt Lake City UTHA Estados Unidos da
América, Semana regional do Folclore em Caiena - Guiana Francesa
Em 2005, esteve na
cidade de Viena, na Áustria, Representando o Brasil junto a outros diversos
artistas da música regional gaúcha. Em 2006 com o violonista Maurício Marques
mais Renato Borghetti , participou do festival de música e
poesia da cidade de Elko, estado de Nevada – USA.
Sobre Luiz Carlos Borges, João de Almeida Neto disse certa vez:
"A visão que tenho
da tua obra, Luiz Carlos Borges, é a mesma que o garimpeiro tem da mina. É a
visão da procura e da certeza de encontrar tesouros. Por isso se o público te
deve o aplauso, pelo talento, eu te devo mais: te devo o agradecimento reconhecido;
porque sempre engrandeceste com tuas músicas a rudeza interiorana da minha voz.
Muito obrigado, amigo velho. Tuas criações são o alimento sadio com que sacio
minha eterna sede de cantar. Um cantor só é digno e necessário quando suas
canções não apenas divertem, mas quando têm o dom de construir. Eis ai, das
tuas virtudes, a que mais admiro".
"Luiz Carlos
Borges é a referencia musical mais qualificada e completa de todo nosso
movimento regional, é fonte inspiradora para qualquer instrumentista,
intérprete e compositor, é a essência da arte mais inventiva, capaz de
surpreender e informar com muita naturalidade. O Borges será sempre para mim,
essa magia contemporânea de emocionar as pessoas".
E o Grande Compositor João Sampaio disse em certa oportunidade:
"O gaúcho Luiz
Carlos Borges, que deixou o umbigo enterrado na velha e encantada redução de São Luiz Gonzaga, capital do folclore missioneiro, é um dos maiores músicos e
compositores do Rio Grande do Sul em todos os tempos, daquelas raras pessoas que,
com seu soberbo talento, ajudam Deus a dar corda no relógio do mundo".
CURIOSIDADE:
O
Milagre da Benzedeira Dorotéia
O
músico Luiz Carlos Borges na infância, misteriosamente, ficou cego. Depois de
tentar tratamento para a cegueira repentina, inclusive fora do Rio Grande do
Sul, ele é levado aos cuidados de uma benzedeira em São Luiz Gonzaga (RS).
Mas
antes do final da terceira consulta, a benzedeira Dorotéia morreu segurando nas
mãos uma peça de roupa de Borges utilizada nos trabalhos de benzedura. Após
alguns dias, ele começa a apresentar melhoras e volta a enxergar.
Dorotéia
deixou em Luiz Carlos Borges a certeza de que a fé percorre caminhos inexplicáveis.
Luiz Carlos Borjes, é daquelas pessoas, que ultrapassam fronteiras, que une em sua arte povos diferentes, de diferentes culturas. É talento que agrega, é figura que não passa despercebida não por ser importuno, mas por ser uma referência na arte, na música, e na cultura do Sul Americana. É capaz de tocar chamamé e ser aplaudido de pé na Argentina, é capaz de fazer Dueto com a inigualável Mercedes Sossa. Além de talento Borges tem sensibilidade, é um artista completo e é fonte de inspiração para a atual e para as futuras gerações.
Luiz Carlos Borjes, é daquelas pessoas, que ultrapassam fronteiras, que une em sua arte povos diferentes, de diferentes culturas. É talento que agrega, é figura que não passa despercebida não por ser importuno, mas por ser uma referência na arte, na música, e na cultura do Sul Americana. É capaz de tocar chamamé e ser aplaudido de pé na Argentina, é capaz de fazer Dueto com a inigualável Mercedes Sossa. Além de talento Borges tem sensibilidade, é um artista completo e é fonte de inspiração para a atual e para as futuras gerações.
CONTATO PARA SHOWS:
http://www.luizcarlosborges.com.br/portal/php/contato.php
Fone: 55(DDI) 51 9984 9081
/ 8126 2040
ELIZU LUIZ FERRO –
PRODUTOR EXECUTIVO
Fone: 55(DDI) 51 8115 6892
/ 55 8127 8980
FONTE:
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