João
Luiz Nolte Martins ou simplesmente JOCA MARTINS, é considerado um dos
maiores nomes da música gaúcha. Intérprete
reconhecido, músico, letrista e compositor.
Nativista
de presença marcante é considerado pela imprensa especializada um dos
intérpretes mais "campeiros" do nativismo. Citado pela mídia como
quem possui "Todo o Lirismo da Pampa" (Jornal do Povo 1999).
Nasceu na cidade de Pelotas, no dia 2 de fevereiro de 1963 é um cantor e compositor de Música
Nativista Gaúcha.
Filho de Luiz
Carlos e Lilia Martins, o mais
velho de três irmãos, todos ligados a música,
João Marcos "Negrinho" Martins (baixista e violonista) e o Rodrigo
dMart (bateria).
Despertou para a
música através do convívio familiar. O avô, João Corrêa Martins, tocava
acordeom, violão e bandolim e isso estimulou o gosto pela música.
Pelos idos de
1983, na Estância Santa Diva, de propriedade do amigo Aluisio Dias Costa, e na
descrição deste "o convívio diário com a lida campeira e suas
peculiaridades, o mate com sabor de aurora e aroma de braseiro de corunilha, a
música nativa que embalava os anseios e inquietudes de guri, despertaram
serenamente o interesse do Joca pela cultura gaúcha, e foi através da música
que identificou a forma mais autêntica de transmitir seu sentimento apaixonado
pelos costumes de sua terra."
Aos
sete anos permitiu que a vocação "cantasse" mais alto, ingressando no
conservatório de música onde deu início a sua formação musical.
Aos
nove anos surgiu o contato e o gosto pela vida rural. O tempo passado no campo
era sempre "pouco" lembra com saudade "Joca" Martins,
apelido dado pelo pai de um parceiro de campo e de infância.
Aos
treze anos, quando seu irmão ganha o primeiro violão profissional começam as
apresentações ao público não tão familiar, acompanhados sempre pelo avô em
interpretações de belas canções como a tradicional "Fita Amarela" de
Noel Rosa.
Joca, estudou no Colégio Gonzaga entre 1974 e 1981 e no Conjunto Agropecuário Visconde da Graça entre 1982 e 1986, onde
reprovou duas vezes, devido a sua vocação e interesse único ao CTG de Pelotas.
Foi cursar Agrotécnica na Universidade
Federal de Pelotas, estudando no
CAVG (Conjunto Agrotécnico Visconde da Graça), com o irmão Negrinho Martins, no
convívio com colegas de diversas regiões do nosso estado, especialmente da
fronteira, Joca Martins passou a fazer "guitarreadas" à beira do
fogo, no CTG Rancho Grande.
Em companhia de
colegas identificados com a cultura da terra, as guitarreadas tornaram-se mais
"profissionais". Ele e o irmão tocavam para a invernada do CTG e, nas
apresentações, também mostravam suas músicas.
Conheceu, neste
convívio, nomes como o de Luiz Marenco, entre outros, que viria a
transformar-se em uma das figuras mais significativas da música campeira.
A Comparsa de
Pinheiro Machado - RS, em 1985, foi o primeiro festival que Joca participou e,
desde então, conta com inúmeras premiações e com mais de duzentas músicas
gravadas, já tendo participado de praticamente todos os festivais como
intérprete, compositor, músico ou jurado.
Influenciado
pelo surgimento da Califórnia da Canção Nativa e de talentos como: o
Missioneiro Cenair Maicá, o payador Jayme Caetano Braun, Renato Borguetti da
cabeleira e da bombacha arregaçada e pela então inevitável revolução musical do
Rio Grande do Sul, tomou como objetivo levar adiante o gosto de compor e cantar
as "coisas" e os "causos" da terra gaúcha.
Em
1985 cria o grupo "Comparsa Cancioneira" e em 1986 o grupo
"Ontonte", formados por Negrinho Martins, Fabiano Bachieri e Fernando
Saalfeld. Começa neste instante a sua incursão pelos festivais.
Com
uma voz privilegiada e admirador de canto lírico, Joca Martins viaja a Curitiba
onde aprimora seus conhecimentos com renomados mestres como o barítono italiano,
Rio Novello, e uma das maiores cantoras líricas do Brasil Neyde Thomaz, dando
seqüência ao seu aprimoramento com o maestro Sérgio Sisto. É quando participa
então, com sucesso, da ópera "La Traviata".
Em
1995 lança-se no mercado fonográfico, pela "USA Discos" com o
primeiro CD intitulado "XUCRO OFICIO" (com composições de Jayme
Caetano Braun, Xiru Antunes, Carlos Madruga, Luiz Marenco, Anomar Danúbio
Vieira e Zulmar Benitez) que resulta em mais de três mil exemplares vendidos.
Após
4 anos, com apurado repertório, composto por músicas premiadas e regravações de
sucesso surge seu segundo CD pela gravadora "Vozes", produzido pelo
multi-instrumentista "João Marcos Negrinho Martins" intitulado
"DOS ANCESTRAIS ATÉ AQUI" que leva como carros-chefes a chamarra
"Motivos de Campo", a vaneira "Só resta o retrato" e o
clássico chamamé correntino "KM 11", de Trancito Cocomarola.
Com
ainda mais êxito que o primeiro, foi considerado pela crítica um trabalho de
altíssimo nível técnico e artístico, com arranjos bem elaborados e uma
sonoridade de fazer inveja mostrando um artista maduro e moderno, chegando a
ser o trabalho de música nativista mais vendido da gravadora "Vozes".
Tendo
marcado presença nos mais diversos eventos acumula prêmios e êxitos. Arrebatou
primeiros lugares em 8 festivais, soma mais de 40 músicas premiadas e 11
prêmios de "Melhor intérprete" por todo o Rio Grande do Sul.
Já
defendeu composições de quase todos autores nativistas e hoje, incontestavelmente,
ocupa um lugar de respeito e peso na música tradicional nativista da nossa
terra e entre os músicos gaúchos.
Privilegiou-se
de oportunidades enriquecedoras como a de compor em parceria com grandes nomes
da música Rio-Grandense, dentre eles estão: Jayme Caetano Braun, Cenair Maicá,
Lauro Corrêa Simões, Sérgio Duarte Tarouco, Sérgio Carvalho Pereira, Marco
Antônio Xiru Antunes, Jaime Brum Carlos, Juarez Machado de Farias entre outros.
Em
1998 foi convidado por Edson Dutra a integrar o grupo "Os Serranos".
A união durou três meses, resultando uma enorme e "placentera"
experiência de amizade e respeito mútuo pelo trabalho destes artistas. Em
reportagem à revista "Sucesso" Joca Martins é citado pelo grupo em
primeiro lugar como um dos seus melhores amigos.
Como fruto e reconhecimento de seu trabalho possui
várias de suas composições interpretadas e gravadas por artistas como: Flávio
Hansen, Luiz Marenco, Gujo Teixeira, Jairo Lambari Fernandes e Grupo Querência
entre outros.
Este
último, por exemplo, gravou a conhecida canção "De Fogões e
Inverneiras" que resultou em grande sucesso, vindo a fazer parte da
coletânea "Melhores Conjuntos Gaúchos", pela gravadora
"USA".
"VIDA BUENA", foi o terceiro CD gravado,
ambientado numa estância em Santa Vitória do Palmar, mostra um trabalho
acústico, com a participação especial do mestre Lúcio Yanel.
Para
homenagear o primeiro dos festivais nativistas, JOCA MARTINS grava o CD
intitulado "30 ANOS DE CALIFÓRNIA",
atingindo a marca de 30.000 exemplares vendidos.
"POR TER QUERÊNCIA NA ALMA", foi gravado
pela Centauro Discos, traz no repertório chamamés, chamarras e milongas de seus
autores preferidos como Gujo Teixeira, Marcelo Caminha, Xirú Antunes e Zulmar
Benitez, além de composições de sua própria autoria.
O sexto
CD, gravado pela USA DISCOS, marca o trabalho maduro e moderno do artista que
traz e interpreta "COM ALMA GAÚCHA"
os clássicos da música riograndense e que conta com a participação da Sociedade
Pelotense Música pela Música ,Renato Borghetti, Luiz Marenco, entre outros.
É no
contato com o público que Joca Martins expande todo seu talento e carisma,
exatamente por que encontra sua própria vocação: a de transmitir às outras
pessoas o sentimento do campo e do romantismo pampeano através da poesia e da
harmonia melodiosa de suas interpretações.
Joca Martins conquistou diversas premiações
entre elas se destacam o “Troféu Vitor Mateus Teixeira - Teixeirinha", de
Melhor Cantor, em 2005; o troféu “Açorianos”, também como Melhor Cantor, em
2012; dois Discos de Ouro pelos álbuns "O Cavalo Crioulo" e outro
pelo CD "Clássicos da Terra Gaúcha”.
Outras premiações:
MELHOR MÚSICA
7º
Chamamento da Arte Nativa de Santana da Boa Vista
8º e 10º
Terra e Cor de Pedro Osório
11º
Reculuta de Guaiba
12º
Poncho verde de Dom Pedrito
3º
Canto dos Cardeais de Canguçu
12º
Grito do Nativismo Gaúcho de Jaguari
3º e 4º
Cirio de Pelotas
MELHOR
INTÉRPRETE
7º
Chamamento da Arte Nativa Santana de Boa Vista
8º, 10º
e 13º Terra e Cor de Pedro Osório
10º e
15º Reculuta de Guaiba
8º
Escaramuça de Triunfo
2º e 5º
Ramada
8º
Comparsa de Pinheiro Machado
MÚSICA
MAIS POPULAR
10º
Vigília do Canto Gaúcho
4º
Cirio de Pelotas
Em
homenagem a todos apaixonados pelo rádio, Joca Martins lançou a música de
trabalho: “Liga esse rádio”. A canção tem melodia do Joca e foi escrita por
Rodrigo Bauer. Os arranjos são de Negrinho Martins e ao trabalho somam-se ainda
as participações dos músicos Geovane Marques e Luciano Fagundes.
Para
Joca Martins, o rádio é como diz o refrão da música: é a alma viva do galpão.
“Imagino que a canção chegue num fundo de campo, com o ronco da cordeona ao
longe. Atinja desde a parte urbana e os rincões mais distantes”, enfatiza o
cantor.
Valorizo muito a interação com o público,
então, produzimos espetáculos onde as pessoas possam sentir as peculiaridades
da nossa música, que tem xote e vanerão, mas também tem influências dos ritmos
argentinos, como o chamamé e a chacarera, afirma o cantor.
Joca Martins
também conta que, um dos momentos mais emocionantes da carreira foi fazer o
show de abertura nos 30 anos da Califórnia da Canção Nativa, festival realizado
em Uruguaiana, pioneiro no Rio Grande do Sul.
Para Joca,
"os festivais são a base de sustentação da música gaúcha, pois revelam
novos talentos e envolvem as comunidades onde são realizados. Movimentam,
através da cultura, o turismo e o comércio locais, colaborando direta ou
indiretamente para o desenvolvimento econômico da região".
Quanto ao
cenário da música gaúcha, Joca acha que "deveria haver uma maior
valorização, de forma que a música gaúcha ocupasse espaços mais importantes
dentro da mídia, estando na mídia, tudo muda, espaço em horários nobres,
valorizando a música gaúcha, assim todos os outros fatores de produção iriam
melhorar."
Sempre fontes de
inspiração, César Passarinho e José Cláudio Machado "criaram uma nova
dimensão na forma de interpretar a música gaúcha. Ouvi-los me emociona."
Perguntado sobre
a música que canta, Joca responde "tem que ver com o mais terrunho
sentimento de amor à terra, ao nosso povo, seus usos e costumes."
Joca Martins foi citado pelo imortal Jayme
Caetano Braun como "um intérprete que possui o indispensável ao cantor
crioulo: autenticidade".
CONTATO:
ESCRITÓRIO: 54 3522 2390
VIVO: 54 9917 0670 / 54 9983 0233
TIM: 54 9605 8558 / 54 8162 6482
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