“Galpão, Pátria e Poesia. Três palavras consagradas, no final da madrugada se encontram pra clarear o dia, vão regendo a sinfonia de poetas e cantores, para que os madrugadores esperem o sol estribados, para alegrar nosso pago, com versos e melodias”

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

JOCA MARTINS

João Luiz Nolte Martins ou simplesmente JOCA MARTINS, é considerado um dos maiores nomes da música gaúcha. Intérprete reconhecido, músico, letrista e compositor.
Nativista de presença marcante é considerado pela imprensa especializada um dos intérpretes mais "campeiros" do nativismo. Citado pela mídia como quem possui "Todo o Lirismo da Pampa" (Jornal do Povo 1999).
Nasceu na cidade de Pelotas, no dia 2 de fevereiro de 1963 é um cantor e compositor de Música Nativista Gaúcha.
Filho de Luiz Carlos e Lilia Martins, o mais velho de três irmãos, todos ligados a música, João Marcos "Negrinho" Martins (baixista e violonista) e o Rodrigo dMart (bateria).
Despertou para a música através do convívio familiar. O avô, João Corrêa Martins, tocava acordeom, violão e bandolim e isso estimulou o gosto pela música.
Pelos idos de 1983, na Estância Santa Diva, de propriedade do amigo Aluisio Dias Costa, e na descrição deste "o convívio diário com a lida campeira e suas peculiaridades, o mate com sabor de aurora e aroma de braseiro de corunilha, a música nativa que embalava os anseios e inquietudes de guri, despertaram serenamente o interesse do Joca pela cultura gaúcha, e foi através da música que identificou a forma mais autêntica de transmitir seu sentimento apaixonado pelos costumes de sua terra."
Aos sete anos permitiu que a vocação "cantasse" mais alto, ingressando no conservatório de música onde deu início a sua formação musical.
Aos nove anos surgiu o contato e o gosto pela vida rural. O tempo passado no campo era sempre "pouco" lembra com saudade "Joca" Martins, apelido dado pelo pai de um parceiro de campo e de infância.

Aos treze anos, quando seu irmão ganha o primeiro violão profissional começam as apresentações ao público não tão familiar, acompanhados sempre pelo avô em interpretações de belas canções como a tradicional "Fita Amarela" de Noel Rosa.
Joca, estudou no Colégio Gonzaga entre 1974 e 1981 e no Conjunto Agropecuário Visconde da Graça entre 1982 e 1986, onde reprovou duas vezes, devido a sua vocação e interesse único ao CTG de Pelotas.
Foi cursar Agrotécnica na Universidade Federal de Pelotas, estudando no CAVG (Conjunto Agrotécnico Visconde da Graça), com o irmão Negrinho Martins, no convívio com colegas de diversas regiões do nosso estado, especialmente da fronteira, Joca Martins passou a fazer "guitarreadas" à beira do fogo, no CTG Rancho Grande.
Em companhia de colegas identificados com a cultura da terra, as guitarreadas tornaram-se mais "profissionais". Ele e o irmão tocavam para a invernada do CTG e, nas apresentações, também mostravam suas músicas.
Conheceu, neste convívio, nomes como o de Luiz Marenco, entre outros, que viria a transformar-se em uma das figuras mais significativas da música campeira.
A Comparsa de Pinheiro Machado - RS, em 1985, foi o primeiro festival que Joca participou e, desde então, conta com inúmeras premiações e com mais de duzentas músicas gravadas, já tendo participado de praticamente todos os festivais como intérprete, compositor, músico ou jurado.
Influenciado pelo surgimento da Califórnia da Canção Nativa e de talentos como: o Missioneiro Cenair Maicá, o payador Jayme Caetano Braun, Renato Borguetti da cabeleira e da bombacha arregaçada e pela então inevitável revolução musical do Rio Grande do Sul, tomou como objetivo levar adiante o gosto de compor e cantar as "coisas" e os "causos" da terra gaúcha.
Em 1985 cria o grupo "Comparsa Cancioneira" e em 1986 o grupo "Ontonte", formados por Negrinho Martins, Fabiano Bachieri e Fernando Saalfeld. Começa neste instante a sua incursão pelos festivais.
Com uma voz privilegiada e admirador de canto lírico, Joca Martins viaja a Curitiba onde aprimora seus conhecimentos com renomados mestres como o barítono italiano, Rio Novello, e uma das maiores cantoras líricas do Brasil Neyde Thomaz, dando seqüência ao seu aprimoramento com o maestro Sérgio Sisto. É quando participa então, com sucesso, da ópera "La Traviata".
Em 1995 lança-se no mercado fonográfico, pela "USA Discos" com o primeiro CD intitulado "XUCRO OFICIO" (com composições de Jayme Caetano Braun, Xiru Antunes, Carlos Madruga, Luiz Marenco, Anomar Danúbio Vieira e Zulmar Benitez) que resulta em mais de três mil exemplares vendidos.
Após 4 anos, com apurado repertório, composto por músicas premiadas e regravações de sucesso surge seu segundo CD pela gravadora "Vozes", produzido pelo multi-instrumentista "João Marcos Negrinho Martins" intitulado "DOS ANCESTRAIS ATÉ AQUI" que leva como carros-chefes a chamarra "Motivos de Campo", a vaneira "Só resta o retrato" e o clássico chamamé correntino "KM 11", de Trancito Cocomarola.
Com ainda mais êxito que o primeiro, foi considerado pela crítica um trabalho de altíssimo nível técnico e artístico, com arranjos bem elaborados e uma sonoridade de fazer inveja mostrando um artista maduro e moderno, chegando a ser o trabalho de música nativista mais vendido da gravadora "Vozes".
Tendo marcado presença nos mais diversos eventos acumula prêmios e êxitos. Arrebatou primeiros lugares em 8 festivais, soma mais de 40 músicas premiadas e 11 prêmios de "Melhor intérprete" por todo o Rio Grande do Sul.
Já defendeu composições de quase todos autores nativistas e hoje, incontestavelmente, ocupa um lugar de respeito e peso na música tradicional nativista da nossa terra e entre os músicos gaúchos.

Privilegiou-se de oportunidades enriquecedoras como a de compor em parceria com grandes nomes da música Rio-Grandense, dentre eles estão: Jayme Caetano Braun, Cenair Maicá, Lauro Corrêa Simões, Sérgio Duarte Tarouco, Sérgio Carvalho Pereira, Marco Antônio Xiru Antunes, Jaime Brum Carlos, Juarez Machado de Farias entre outros.
Em 1998 foi convidado por Edson Dutra a integrar o grupo "Os Serranos". A união durou três meses, resultando uma enorme e "placentera" experiência de amizade e respeito mútuo pelo trabalho destes artistas. Em reportagem à revista "Sucesso" Joca Martins é citado pelo grupo em primeiro lugar como um dos seus melhores amigos.
Como fruto e reconhecimento de seu trabalho possui várias de suas composições interpretadas e gravadas por artistas como: Flávio Hansen, Luiz Marenco, Gujo Teixeira, Jairo Lambari Fernandes e Grupo Querência entre outros.
Este último, por exemplo, gravou a conhecida canção "De Fogões e Inverneiras" que resultou em grande sucesso, vindo a fazer parte da coletânea "Melhores Conjuntos Gaúchos", pela gravadora "USA".
"VIDA BUENA", foi o terceiro CD gravado, ambientado numa estância em Santa Vitória do Palmar, mostra um trabalho acústico, com a participação especial do mestre Lúcio Yanel.
Para homenagear o primeiro dos festivais nativistas, JOCA MARTINS grava o CD intitulado "30 ANOS DE CALIFÓRNIA", atingindo a marca de 30.000 exemplares vendidos.
"POR TER QUERÊNCIA NA ALMA", foi gravado pela Centauro Discos, traz no repertório chamamés, chamarras e milongas de seus autores preferidos como Gujo Teixeira, Marcelo Caminha, Xirú Antunes e Zulmar Benitez, além de composições de sua própria autoria.
O sexto CD, gravado pela USA DISCOS, marca o trabalho maduro e moderno do artista que traz e interpreta "COM ALMA GAÚCHA" os clássicos da música riograndense e que conta com a participação da Sociedade Pelotense Música pela Música ,Renato Borghetti, Luiz Marenco, entre outros.
É no contato com o público que Joca Martins expande todo seu talento e carisma, exatamente por que encontra sua própria vocação: a de transmitir às outras pessoas o sentimento do campo e do romantismo pampeano através da poesia e da harmonia melodiosa de suas interpretações.
Joca Martins conquistou diversas premiações entre elas se destacam o “Troféu Vitor Mateus Teixeira - Teixeirinha", de Melhor Cantor, em 2005; o troféu “Açorianos”, também como Melhor Cantor, em 2012; dois Discos de Ouro pelos álbuns "O Cavalo Crioulo" e outro pelo CD "Clássicos da Terra Gaúcha”.
Outras premiações:
MELHOR MÚSICA
7º Chamamento da Arte Nativa de Santana da Boa Vista
8º e 10º Terra e Cor de Pedro Osório
11º Reculuta de Guaiba
12º Poncho verde de Dom Pedrito
3º Canto dos Cardeais de Canguçu
12º Grito do Nativismo Gaúcho de Jaguari
3º e 4º Cirio de Pelotas

MELHOR INTÉRPRETE
7º Chamamento da Arte Nativa Santana de Boa Vista
8º, 10º e 13º Terra e Cor de Pedro Osório
10º e 15º Reculuta de Guaiba
8º Escaramuça de Triunfo
2º e 5º Ramada
8º Comparsa de Pinheiro Machado

MÚSICA MAIS POPULAR
10º Vigília do Canto Gaúcho
4º Cirio de Pelotas

Em homenagem a todos apaixonados pelo rádio, Joca Martins lançou a música de trabalho: “Liga esse rádio”. A canção tem melodia do Joca e foi escrita por Rodrigo Bauer. Os arranjos são de Negrinho Martins e ao trabalho somam-se ainda as participações dos músicos Geovane Marques e Luciano Fagundes.
Para Joca Martins, o rádio é como diz o refrão da música: é a alma viva do galpão. “Imagino que a canção chegue num fundo de campo, com o ronco da cordeona ao longe. Atinja desde a parte urbana e os rincões mais distantes”, enfatiza o cantor.
Valorizo muito a interação com o público, então, produzimos espetáculos onde as pessoas possam sentir as peculiaridades da nossa música, que tem xote e vanerão, mas também tem influências dos ritmos argentinos, como o chamamé e a chacarera, afirma o cantor.
Joca Martins também conta que, um dos momentos mais emocionantes da carreira foi fazer o show de abertura nos 30 anos da Califórnia da Canção Nativa, festival realizado em Uruguaiana, pioneiro no Rio Grande do Sul.
Para Joca, "os festivais são a base de sustentação da música gaúcha, pois revelam novos talentos e envolvem as comunidades onde são realizados. Movimentam, através da cultura, o turismo e o comércio locais, colaborando direta ou indiretamente para o desenvolvimento econômico da região".
Quanto ao cenário da música gaúcha, Joca acha que "deveria haver uma maior valorização, de forma que a música gaúcha ocupasse espaços mais importantes dentro da mídia, estando na mídia, tudo muda, espaço em horários nobres, valorizando a música gaúcha, assim todos os outros fatores de produção iriam melhorar."
Sempre fontes de inspiração, César Passarinho e José Cláudio Machado "criaram uma nova dimensão na forma de interpretar a música gaúcha. Ouvi-los me emociona."
Perguntado sobre a música que canta, Joca responde "tem que ver com o mais terrunho sentimento de amor à terra, ao nosso povo, seus usos e costumes."
Joca Martins foi citado pelo imortal Jayme Caetano Braun como "um intérprete que possui o indispensável ao cantor crioulo: autenticidade".


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