“Galpão, Pátria e Poesia. Três palavras consagradas, no final da madrugada se encontram pra clarear o dia, vão regendo a sinfonia de poetas e cantores, para que os madrugadores esperem o sol estribados, para alegrar nosso pago, com versos e melodias”

sábado, 17 de outubro de 2015

NILTON FERREIRA

NILTON FERREIRA é compositor, instrumentista e cantor de música gaúcha. Nasceu no dia 20 de julho de 1971 no 5º distrito de São Francisco de Assis, na costa do rio Santa Rosa e foi registrado na Vila Kramer, Nilton passou grande parte da vida morando em Manoel Viana. Começou a estudar na Escola Municipal Teófilo Pereira, no 3º distrito de São Francisco de Assis com a professora Maria ZOÉ BESSA MENDES, que dava aula do 1º ao 4º ano do primeiro grau repartindo o quadro na escola de acordo com as filas e séries respectivas.
Depois de um tempo Nilton Ferreira foi trabalhar na Agropecuária Nemitz no município de Alegrete. Mais adiante, na cidade de Manoel Viana, Nilton e alguns amigos fizeram num terreno ao lado do CTG uma das maiores Semanas Farroupilhas já vista naquela cidade.
Nilton Ferreira é um dos fundadores do grupo de Ginetes de Manoel Viana TROPILHA GAVIONA. A Partir daí Nilton começou a trajetória na música gaúcha.

Nilton Ferreira também morou em Santiago, onde foi acolhido pelo grande Eurides Nunes, um dos maiores Gaiteiros de Gaita Ponto de todos os tempos, e em 1991, mudou-se para Jaguari onde reside até hoje. Nilton inclusive é cidadão Jaguariense, título esse concedido pela Câmara Municipal de Vereadores de Jaguari.
Nilton Ferreira gosta de cantar o homem do campo, pois segundo ele, se criou em São Chico trabalhando para fora e muitas das coisas que canta, fazem lembrar do tempo que ia a cavalo para a cidade nos finais de semana, e o melhor cavalo é só para ir para a cidade.
Nilton Ferreira teve seu início artístico não como cantor, mas como instrumentista, participando inclusive de festivais, como por exemplo o festival da música Crioula de Santiago onde tocou violão na música Rancheira do Bugio, letra de Ataliba Lopes e que contou com a interpretação de Eraci Rocha.
Teve início como cantor animando muitos bailes pelo estado afora, participando principalmente do GRUPO LEGENDAS, onde fez parte por 9 anos e participou de 4 discos gravados pelo grupo.
Com o passar dos anos Nilton começou a cantar em festivais, e a sua trajetória neste movimento é extremamente vitoriosa. Nos festivais Nilton Ferreira colecionou amigos, empilhou sucessos, marcou na paleta muitos dos maiores festivais do Rio Grande do Sul, mas, sobretudo, sempre honrou a missão que a vida lhe confiou, levando uma mensagem nobre, culta e muito sincera para dentro do Galpão ou da Universidade, em cada canto do solo Latino-Americano onde pisa.
Para Nilton Ferreira os festivais são os responsáveis pela renovação da musicalidade do Rio Grande, e os artistas consagrados devem ajudar e incentivar os mais jovens para evitar que com o passar dos anos a nossa música acabe.
Nilton Ferreira já participou e ganhou vários festivais como por exemplo a Coxilha de Cruz Alta, o Gruta Encanto de Nova Esperança do Sul, Sentinela da Canção Gaúcha de Caçapava do Sul, Estância da Canção de São Gabriel, Canto Nativo de Santo Augusto, Ibicuí da Canção de Manuel Viana, Festival Tradicionalista de Mata, Quero-Quero da Canção de Santo Cristo, Festival da Música Crioula de Santiago, Gauderiada da canção Gaúcha de Rosário do Sul, Ronco do Bugio de São Francisco de Paula, Ponche Verde de Dom Pedrito,
Seara de Carazinho, Sinuelo da Canção de São Sepé, Canto Nativo de Porto Alegre, Canto sem Fronteira de Bagé, Querência do Bugio de São Francisco de Assis, Ronda de São Pedro de SÃO BORJA, Grito do Nativismo Gaúcho de Jaguari, Cante uma canção em Vacaria, Vigília do Canto Gaúcho de Cachoeira do sul, Invernada Missioneira de Santo Antônio das Missões. Além de várias premiações como segundo e terceiro colocado, música mais popular e também como melhor intérprete.
Mas em uma carta aberta publicada no dia 18 de junho de 2015 em seu blog na internet, Nilton Ferreira declara que deixou de participar dos Festivais como concorrente, afirmando em certo trecho que não subirá mais em palco de festival nativista para trabalhar em forma de competição, continuará a fazer suas canções e dar oportunidades para aqueles que ainda mantêmessa força competitiva dentro de si, o velho Sangue dos olhos, como se diz no meio dos competitivos festivais.
Nilton Ferreira encerra sua argumentação, dizendo que sai feliz dos palcos da competição, feliz por ter tido tantas oportunidades.
Nilton Ferreira chega ao coração das pessoas sempre com seriedade, segundo o próprio Nilton, se existe uma coisa que ele procura na musicalidade do Rio Grande do Sul é a seriedade nas coisas que se faz. Pois através da música ele entra no lar das pessoas e por isso deve entrar com o que tem de melhor na sua arte. Nilton Ferreira se preocupa com as famílias que podem estar escutando a sua música reunidos, crianças, homens e mulheres, enfim seu público tem que ser tratado com respeito.

Nilton Ferreira preocupa-se muito com as crianças, para ele, a nossa realidade só será transformada se conseguirmos mudar as crianças. Pois uma criança está em formação, assimila e forma seu pensamento segundo o que lhe é transmitido. Os adultos não, já não mudam consideravelmente. Mudando as crianças mudamos o Mundo.
O Nilton interpreta músicas que condizem com esta intenção. Suas canções são trabalhadas com cuidado permitindo que um pai apresente a cultura do nosso estado para o seu filho através de um CD do Nilton Ferreira.
Nilton Ferreira já desfruta de uma reputação madura e firme no cenário da música gaúcha. Transitando num incomum espaço que mescla o nativismo e o gauchismo, compõe temas sempre vigorosos e os interpreta com competência ímpar.
Nilton Ferreira possui mais de 700 músicas gravadas entre festivais, e grupos como os Monarcas, Os Mateadores, Os Serranos, Walter Moraes e Grupo Legendas e tantos outros artistas e grupos musicais que possuem músicas de autoria de Nilton Ferreira em seus CDS e repertórios.
Em 2003, foi o maior vencedor de festivais do Estado do Rio Grande do Sul fato que tornou a repetir-se em 2005 e em 2006. Nilton Ferreira também é o Diretor responsável pelo NVR Estúdio na cidade de Jaguari, que é muito requisitado por vários artistas novos e consagrados para a produção de discos.
Nilton Ferreira é autor de verdadeiros clássicos da música gaúcha, como por exemplo: “no império das Estâncias”, “Canção para um Peão Solito”, ambas regravadas pelo conjunto Os Monarcas. Também destacamos a música “abaralhando a barbela” e “bem de valor”, entre tantas outras.

Segundo Nilton Ferreira, a principal de todas as conquistas foi a amizade e a confiança de músicos, interpretes, e poetas que acreditaram no seu trabalho.
O Show de Nilton Ferreira não traz somente músicas e músicos de qualidade profissional, traz inspiração aos poetas na magia dos seus versos, a preocupação do dia- a dia, na qualificação do ser humano, traz a interpretação e respeito a cada composição a ser transmitida ao público presente e o respeito cultural as raízes culturais.
Encerro, citando uma frase que representa bem a diretriz que move a vida e a carreira deste grande artista e que estampa a capa do blog do Nilton Ferreira.

“Procuro ser honesto no que faço, ao mesmo tempo que tento mudar honestamente o que sou”.

Um comentário:

  1. Muito obrigado Nilton Ferreira, pela sua participação na RÁDIO PÁTRIA GAÚCHA, com seu programa ESSÊNCIA GAÚCHA, Verdadeira ESCOLA de como se fala de gauchismo,de arte, bom gosto e lisura com a coisa gaucha, usos e costumes, e o melhor da musica nativa. Deus te pague, espero que continues tropeando versos e cantigas na mais pura ESSÊNCIA GAUCHA, o Rio Grande com certeza te agradece. abraços

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