Miguel Marques, nasceu na cidade de Soledade-RS, contrariando
o que consta na mídia ele não nasceu em Uruguaiana, segundo Miguel, seu Pai era
mestre-de-obras do DAER, e trabalhava construindo pontes, viajando para
diversos lugares do estado e na ocasião de seu nascimento sua mãe estava na
cidade de Soledade junto de seu pai e seus irmãos.
A música nasceu com Miguel Marques, quando menino,
recorda que ao amanhecer seu pai ligava o rádio par escutar programas
gauchescos, ouvindo Teixeirinha, Gildo de Freitas entre outros, e sempre
cantava junto às canções, e seu pai ficava admirando muito seu timo para a
música.
Miguel iniciou seu trabalho na música popular
brasileira onde posteriormente através de Jaime Pinto, migrou para a música
nativista gaúcha, onde passou a ser conhecido e reconhecido como um dos maiores
intérpretes da nossa música.
Festivais e Miguel Marques são indissociáveis,
segundo ele, os festivais retratam a popularidade do artista, é o momento para
o artista transmitir ao público todo o seu talento e inspiração. “Os festivais
não podem parar, eles são a raiz da nossa cultura, precisamos de novos artistas
que possam reproduzir nossa tradição, o festival é a mola mestra, e o termômetro
da produtividade do artista”.
A carreira artística de Miguel Marques, já
ultrapassou os 40 anos de estrada, mas na música nativa 33 anos aproximadamente.
O primeiro trabalho gravado na voz de Miguel Marques, foi uma obra de Jaime
Pinto.
Miguel comentou sobre o relato do colunista do
Jornal Zero Hora, Juarez Fonseca, que relatou a falta de qualidade das músicas
atuais dos festivais, Miguel disse que ultimamente não temos letras, poesias e
melodias marcantes. Relembra que certa vez ao assistir uma palestra de
Yutaiualpa Yupamqui, ouviu dele que “o artista precisa estar a um passo a
frente do seu publico e não mais do que um passo, sob pena de que sua obra não
seja entendida.
A Música precisa estar na boca do povo, precisa
estar ao agrado dos ouvintes, pois recursos demasiados perdem a simplicidade e
a mensagem original da letra. Miguel fala que a música gaúcha ultrapassou a
barreira do Rio Grande do Sul,
Sobre os parceiros que o artista Miguel Marques
teve em sua Carreira, ele pode citar Ataliba de Lima Lopes, Justino Lopes, Ivo
Bairros de Brum, Jaime Pinto, Nenito Sarturi, Salvador Lamberty, Vaine Darte,
Nilo Brum, Antonio Augusto Ferreira, entre tantos outros.
Recentemente Miguel conta com a parceria de
Rômulo Chaves, um poeta jovem, e que em seguida essa parceria resultará em novo
trabalho.
Miguel, atualmente tem um “rancho” na barranca de
rio, na cidade de Itacurubi-RS, lugar esse que é um refúgio para o artista. O
“paraíso”, como chama é denominado como o local de encontro de amigos de todo o
estado, onde se confraternizam para cantar e apreciar a boa música gaúcha, o
lado de nomes consagrados de nosso estado.
Dentre as composições consagradas na voz de
Miguel Marques podemos citar, “Ainda existe um lugar”, “Clave de lua”,
“Manhas”, “Quitandeira” “O canto do sabiá”, “A lição das Andorinhas” “De trás
da vidraça”, etc.
Miguel já interpretou canções de artistas
consagrados na música popular brasileira como o Rei Roberto Carlos e Lulu
Santos entre outros. Isso justifica a sabedoria com que trata a letra das
canções que interpreta. Segundo ele a canção ou é boa ou é ruim.
Miguel Marques é reconhecidamente um dos mais
laureados compositores e intérprete da música nativista gaúcha.
Participante ativo de festivais de música gaúcha
do no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, reconhecido e vencedor inúmeras
vezes como melhor interprete.
É um baluarte na defesa das tradições gaúchas,
possui uma voz maravilhosa e uma sensibilidade musical rara. Miguel Marques tem no timbre da voz o cerne do nativismo
gaúcho, caracterizando em seus trabalhos e nas parcerias, a marca quente e o
cheiro da pampa meridional.
CONTATO PARA SHOW:
Telefone: (55) 9623 8421
FONTE: Entrevista de
Ataliba de Lima Lopes e Juliano Finamor Lopes com Miguel Marques.
Um dos maiores intérpretes da música nativa do RS
ResponderExcluirInimitável e inconfundível