“Galpão, Pátria e Poesia. Três palavras consagradas, no final da madrugada se encontram pra clarear o dia, vão regendo a sinfonia de poetas e cantores, para que os madrugadores esperem o sol estribados, para alegrar nosso pago, com versos e melodias”

sábado, 17 de outubro de 2015

LUIZ MARENCO

Apesar de ter nascido em Porto Alegre, morou no Rincão da Quitéria (distrito de São Jerônimo), onde aprendeu muito sobre a cultura do campo e a valorização das coisas simples, ligadas ao cotidiano.
Começou a se interessar pela música aos 08 anos de idade, quando ganhou seu primeiro violão.
Na Década de 80 veio morar em Porto Alegre na casa do Gaiteiro Gilmar Selau no Bairro Santana, residia a época junto com Selau e Marenco outro Grande intérprete Gaúcho oriundo de Tramandaí Adriano Lima, com quem iniciou junto a tocar na noite em Bares da Capital e a participar dos Festivais Nativistas.
Apresentou-se profissionalmente pela primeira vez, na 2ª Vertente de Piratini, conquistando o prêmio de melhor intérprete deste festival.
Iniciou sua carreira profissional em 1988, que já no principio lhe rendeu grande reconhecimento dentro da música tradicionalista.
Ainda na adolescência Marenco já possuía a necessária compreensão daquilo que queria e começava a buscar; mesmo sem completar a definitiva troca do pêlo.
Na fisionomia jovial trazia a inocência dos filhotes e a incomparável luz de muitos pirilampos no coração.
No porte, altivez de potro e tajã e uma força atávica tão significativa que apenas poderia ser encontrada na eclosão das sementes quando procuram conhecer o sol.
No olhar ameno, matizes de auroras campeiras e claras faíscas dos primitivos fogões acesos na pampa larga de ontem.
Com o seu jeito simples, afável, expressão sincera e cativante, aos poucos e sabiamente, foi conquistando amizades e alargando espaços na geografia humana e poético-musical do estado.
Na condição de perscrutador de rumos e horizontes foi, incansavelmente, peregrinando até encontrar alguns dos mais verdadeiros e límpidos mananciais da poesia crioula; àqueles conhecedores dos aromas naturais de todos os lugares, do íntimo das várzeas e banhadais ao topo do cerros; dos galpões aos lombos dos pingos de lei; das culatras de tropas aos maneadores de doma; do brutal rigor das invernias aos campos ensolarados e cheirosos de primaveras.
Graças a esses paladinos melodiou, com sensibilidade e notável talento, poemas de rara beleza que se tornaram canções imortais na alma do rio grande que ainda tem memória, dignidade e postura. descreve ERON VAZ MATTOS.
Seu canto já percorreu vários estados do Brasil, como Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Goiás, Brasília e Tocantins, assim como na Argentina, Uruguai e Paraguai fazendo apresentações ao lado Santiago Chalar, Pepe Guerra e Jorge Nasser, cantores do folclore Uruguaio, além de gravações com Antonio Tarragó Ros e Ramon Ayala da Argentina.
Em 1990 Gravou seu primeiro disco "Luiz Marenco canta Jayme Caetano Braun"ao lado de seu parceiro e amigo Jayme Caetano Braun que concidera como inspiração e Padrinho de sua iniciação na música. Com esse mesmo trabalho ganhou em 1991 o prêmio Sharp, hoje conhecido como Prêmio Tim de Música.
Luiz Marenco tem como ídolos Jayme Caetano Braun, Poeta Rio-grandense, Noel Guarany, Sérgio Carvalho Pereira, Alfredo Zitarosa, Eron Vaz Mattos e João de Almeida Neto.
Marenco acha que o movimento "Tchê Music" descaracteriza a cultura gaúcha, começando pelo nome, que é em inglês.
Em sua trajetória de artista destaca-se os diversos prêmios em festivais como:
O Troféu Vitória como melhor intérprete do ano de 1997 e melhor música do ano com a composição “Quando o Verso Vem Pras Casa”, parceria com Gujo Teixeira.
Em 99 participa do programa Rio Grande do Sul, um século de história da RBS TV.
Em 2001 recebe o Premio Açorianos de melhor disco do ano entitulado “Enchendo os Olhos de Campo” em parceria com Gujo Teixeira. E ainda nesse ano o Movimento Tradicionalista Gaúcho MTG, lhe concedeu o selo de Qualidade, Autenticidade e Tradicionalidade previsto pelo PROJETO ISO TCHÊ para o CD Luiz Marenco Ao Vivo.
Já em 2002 chega com Disco de Ouro “De Bota e Bombacha”, com José Claudio Machado. Seguido nesse embalo, Disco de Ouro “Luiz Marenco - Ao Vivo Duplo”.
Marenco atuou como ator em 2003 participando da mini-série da TV Globo “A Casa Das Sete Mulheres”.
Sempre com repertório de excelente qualidade não demora muito para que os prêmios cheguem as mãos desse autêntico artista. Em 2004 Disco de Platina “Luiz Marenco - Ao Vivo Duplo”. Em 2007 – DVD de ouro “Todo o Meu Canto.
Já em 2008 recebe da Radio Gaucha e Rede Gaúcha Sat o Troféu Guri.
Dentre os festivais que alavancaram suas composições estão:
XVIII REPONTE DA CANÇÃO CRIOULA - São Lourenço do Sul - 2002 SOVANDO PELEGO 1º lugar na linha campeira. De Luiz Marenco e Gujo Teixeira com Luiz Marenco, Gustavo Teixeira e Luiz Carlos Borges.
XIII VIGÍLIA DO CANTO GAÚCHO - Cachoeira do Sul - 2002 PASSO DA NOITE 2º lugar e melhor poesia. De Sérgio carvalho Pereira com Luiz Marenco.
XXX CALIFÓRNIA DA CANÇÃO NATIVA - Uruguaiana - 2001 MILONGA DE MIL COLORES 1º lugar na linha Campeira. De Nenito Sarturi e Luis Cardoso com Luiz Marenco.
IX ESTÂNCIA DA CANÇÃO GAÚCHA - São Gabriel - 2001 OS SILÊNCIOS DAS JANELAS DO POVOADO 1º lugar. De Luiz Marenco e Gujo Teixeira com Luiz Marenco e Gustavo Teixeira.
XII VIGILIA DO CANTO GAÚCHO - Cachoeira do Sul - 2001 FUNDO DE CAMPO 3º lugar. De Gujo Teixeira e Luiz Marenco com Luiz Marenco.
XIX GAUDERIADA DA CANÇÃO GAÚCHA - Rosário do Sul - 2001 NA ESTÂNCIA DO SOSSEGO Melhor Tema Campeiro. De César Oliveira e Luiz Marenco.
II UM CANTO PARA MARTÍN FIERRO - Santana do Livramento - 2000 MILONGÃO PARA ASSOBIAR DESENCILHANDO 1º lugar. De Gujo Teixeira e Luiz Marenco com Luiz Marenco.
VIII SAPECADA DA CANÇÃO NATIVA - Lages-SC - 2000 SILÊNCIO E LUZ 1º lugar, melhor arranjo e música mais popular. De Jaime Caetano Braun e Luiz Marenco com Luiz Marenco e Gustavo Teixeira.
NA FOLGA DO PINGO Melhor tema campeiro. De Mauro Moraes com Luiz Marenco.
XI VIGÍLIA DO CANTO GAÚCHO - Cachoeira do Sul - 2000 GATEADA MADRINHA 3º lugar, música mais popular e melhor tema campeiro. De Márcio Nunes Corrêa e Luiz Marenco.
XXIX CALIFÓRNIA DA CANÇÃO NATIVA - Uruguaiana -1999 MILONGA DA ALMA 1º lugar na linha campeira. De Rodrigo Bauer e Luiz Marenco com Luiz Marenco
XIV RECOLUTA DA CANÇÃO CRIOULA - Guaíba - 1998 PORQUE CANTO SOLITO 1º Lugar. De João Carlos Batista de Deus e Luiz Marenco com Luiz Marenco. Neste festival Marenco ganhou ainda o prêmio de melhor intérprete.
IX TAFONA DA CANÇÃO NATIVA - Osório - 1997 QUANDO O VERSO VEM PRAS CASA 1º Lugar. De Gujo Teixeira e Luiz Marenco com Luiz Marenco e Jari Terres. Esta música recebeu também o Troféu Vitória do Governo do Estado do RS como melhor música de 1997.
XV GAUDERIADA DA CANÇÃO GAÚCHA - Rosário do Sul -1996 DE TEMPO E TROPA Melhor Tema Campeiro. De Guilherme Colares e Zulmar Benitez com Luiz Marenco.
Luiz Marenco é hoje um dos espetáculos nativistas mais requisitados do sul do Brasil, tendo a consciência de que seu canto está ligado a terra, valores, hábitos e costumes de seu povo. Sempre teve a crença de que suas canções deveriam passar uma mensagem, trabalhando sempre na letra e música, e escolhendo com certo critério os músicos que o acompanham. As canções de Luiz Marenco sempre têm como mensagem principal o campo. Assim ele tem a certeza de que o trabalho está do agrado de seu público.

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